Ocupar espaços sociais e transformar apresentações públicas em instrumento para compartilhar informações sobre a Doença de Parkinson é uma das propostas do Coral Tremendas Vozes, da Associação Brasil Parkinson – Núcleo Piracicaba (Colibri), que se apresenta no saguão principal da Santa Casa de Piracicaba (SP) às 14h deste sábado (14).
Antes, porém, às 9h30, o grupo promove palestra no SESC Piracicaba, onde a psicóloga Nahara Leite Ribeiro falará sobre “Como o cuidador pode contribuir nas relações sociais e emocionais do parkinsoniano”. Em seguida, oficina de musicoterapia, com Hilara Crestana.
No dia 17 de abril, o Coral volta a se apresentar na Santa Casa, também às 14h, e no dia 24, às 19h30, apresentação do coral e palestra na APM – Associação Paulista de Medicina com a psicóloga clínica especializada em saúde pública, Juliana Cristina de Araújo Sodré, que falará sobre “A depressão na Doença de Parkinson”.
“Utilizamos a música como atividade terapêutica e meio para levar mensagens de otimismo, de esperança e de superação, mostrando que o portador da doença de Parkinson pode conviver e enfrentar os problemas que fazem parte de sua realidade”, disse a presidente da Associação, Silvia Helena Rigoldi Simões. Ela lembra que as atividades reforçam o 11 de abril, quando se comemora o Dia Mundial da Doença de Parkinson. “Foi neste dia, em 1817, que o médico inglês James Parkinson descreveu a doença pela primeira vez”, disse.
Segundo ela, a Associação foi fundada em 1992 em Piracicaba para promover integração e inclusão dos parkinsonianos através do trabalho desenvolvido por voluntários que proporcionam atividades de musicoterapia, coral, palestras, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, passeios de lazer e atividades esportivas, garantindo mais qualidade de vida ao parkinsoniano. “O estímulo é muito importante e esses encontros auxiliam os portadores a conviver de maneira mais harmônica com a doença, que ainda não tem cura”, enfatiza.
A Doença de Parkinson atinge mais de cinco milhões de pessoas no mundo e está relacionada a fatores genéticos e ambientais, afetando ambos os sexos e todas as raças, com prevalência para indivíduos com mais de 60 anos. O diagnóstico se estabelece pela observação de alguns sintomas, como tremor das mãos, lentidão de movimentos ou imobilidade, rigidez, instabilidade postural, alteração da fala e falta de expressão facial.