São Paulo ultrapassa 90% de cobertura na vacinação contra pólio e sarampo

O Estado de São Paulo vacinou mais de 2 milhões de crianças contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite), imunizando mais de 90% das crianças com idade entre 1 e menores de cinco anos. É o que aponta balanço feito pela Secretaria de Estado da Saúde em 6 de setembro, com base nos dados informados pelos municípios.

Até a próxima sexta-feira (14), São Paulo pretende alcançar as 200 mil crianças ainda não vacinadas contra ambas as doenças. O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil. Há 2,2 milhões de crianças paulistas nessa faixa-etária.

A Secretaria convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos até a próxima semana. As doses seguem disponíveis nos postos.

O Estado já aplicou mais de 4 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 2.022.141 crianças contra pólio e 2.002.525 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios. Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 180 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 200 mil contra sarampo.

O prazo de encerramento da campanha foi prorrogado, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.

“Pedimos que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos até a próxima semana. É muito importante chegarmos à meta de 95% de cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo, pois isso contribui para a eliminação dos riscos da circulação dessas doenças”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.

Não há registro de casos de paralisia infantil em São Paulo há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.

Redação

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