A pandemia foi um fator que alavancou os cuidados com a saúde da população no Brasil. Quase 60% dizem cuidar hoje melhor da sua saúde do que antes da pandemia. Em contrapartida, a saúde emocional piorou para 48% dos brasileiros durante a pandemia. O peso emocional está presente mesmo quando há uma preocupação com a saúde física. Entre as principais reclamações de saúde estão ansiedade, insônia, dor de cabeça, alteração de humor, frustração, medo e solidão.
Esses são alguns dados da segunda edição da pesquisa de Saúde Integral da SulAmérica, realizada pelo Instituto FSB. A pesquisa contou com amostra representativa dos brasileiros com acesso a internet no País com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.
Ainda sobre a saúde emocional, cerca de 54% dos brasileiros se dizem mais preocupados com ela, diante de 51% que se sentem dessa forma com relação à saúde física. Ouvir música é algo que 60% dos brasileiros fazem para cuidar da sua saúde emocional, enquanto 45% procuram algo espiritual ou religioso e 42% descansam ou fazem relaxamento. Para manter a saúde física, apenas metade dos entrevistados têm hábitos regulares de cuidados. Atividades físicas são mais raras, com poucas vezes ou nunca, para mais de 62% da população. Dentre os que praticam alguma atividade, 30% começaram após a pandemia, em particular nos últimos seis meses.
Pouco mais de um terço dos brasileiros (36%) acredita que o pior da pandemia já passou e dizem estar hoje em uma situação de vida próxima ao que era antes. Esse sentimento é mais comum entre homens. Já pouco menos de um terço (28%) acredita que até o próximo ano suas rotinas retornarão a uma situação de vida similar ao que era antes da pandemia. O total de pessoas que acham que nunca voltará a ter a vida como era antes aumentou de 4% em 2021 para 7% em 2022, mas 44% acreditam que esse dia ainda vai chegar, seja nos próximos 3, 6, 12 ou 24 meses.
Consulta com um médico
O índice de pessoas que se consultam com médicos periodicamente caiu de outubro de 2021 a junho de 2022 – de 88% para 86%, sendo que um terço visita o médico uma vez a cada seis meses, e um terço visita o médico anualmente. A ida ao médico a cada seis meses ocorre em igual frequência entre homens e mulheres e também de forma similar entre as diversas faixas etárias. Com relação à região, moradores do Sul são os que mais frequentam os consultórios, a cada 6 meses. Já os moradores do Norte e Centro-Oeste tendem a visitar o médico uma vez ao ano apenas.
O total de pessoas que se consultam com um psicólogo ainda é baixo – apenas 9% visitam regularmente. Esse número caiu 1% de outubro de 2021 para cá, quando era 10%. A pandemia de fato aumentou o total de adeptos à terapia, pois 60% dos que visitam com frequência o psicólogo o fez depois do aparecimento do novo Coronavírus – dado igual ao de outubro de 2021. O perfil daqueles que recorreram à terapia são pessoas mais jovens, com idades entre 25 a 44 anos – que, juntos, somam um terço daqueles que visitam regularmente um psicólogo. São pessoas, na sua maioria, das classes sociais A e B e prioritariamente da região Sul do país.
Peso
Dados da pesquisa mostram que a grande maioria dos entrevistados diz estar acima do peso. Nesta edição, são 62%, uma leve queda em relação aos 64% que se diziam acima do peso na edição anterior da pesquisa, em outubro de 2021. Numa autoavaliação, são os baby boomers, que nasceram entre 1945 e 1965, os que mais se dizem estar acima do peso, seguido das pessoas das gerações X, Y e Z, respectivamente.
Quanto a tomar medidas para melhorar sua saúde e bem-estar, quase metade dos entrevistados está mais preocupada hoje com isso – 49%. Um pouco menos, 44%, se preocupa em manter uma alimentação saudável. Um terço, 32%, se diz mais interessada em praticar esportes, fazer atividades físicas ou ir à academia.
Os mais jovens são os que mais se interessam em ir para a academia de ginástica, assim como são os mais focados em manter uma dieta saudável (46% da geração Z vs 43% dos baby boomers). Mas o cuidado com o bem-estar é plano para os próximos 12 meses para 65% dos brasileiros.
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