Segurança do paciente: práticas garantem a qualidade do atendimento

A necessidade de conscientizar profissionais de saúde, pacientes e sociedade em geral sobre o respeito às práticas seguras nos serviços de saúde deu origem ao Dia Nacional da Segurança do Paciente, comemorado em 1º de abril. O COC – Centro de Oncologia Campinas (SP) investe continuamente no aprimoramento da qualidade e segurança em todos os procedimentos que realiza. Nesta quinta-feira (1º), organizará uma palestra on-line sobre o tema, com a participação de Claudia Garcia de Barros, diretora executiva do Escritório de Excelência Einstein, a partir das 9h.

Assegurar a aplicação dos melhores processos para a assistência ao paciente está entre as atribuições de Claudia Garcia à frente do Escritório de Excelência Einstein, iniciativa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, reconhecida internacionalmente por boas práticas de qualidade e segurança. A palestra poderá ser acompanhada pelo Facebook do COC (facebook.com/centrodeoncologiacampinas).

O oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, detalha que a incidência de eventos adversos em procedimentos médicos no Brasil pode chegar a 10%, conforme o alinhamento da instituição às boas práticas de segurança. “Essas falhas são mais frequentes do que se imagina. Na última década, a monitorização desses eventos adversos tornou-se mais regular e a quantidade de imprecisões agora pode ser mensurada mais detalhadamente”, especifica. “Errar é humano, sim, porém, cada erro precisa servir de ensinamento para que ocorra o aperfeiçoamento dos procedimentos e, consequentemente, a melhora dos processos que garantem a segurança do paciente”, aponta Medina.

Em 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, com objetivo de buscar soluções para esses problemas nos procedimentos médicos. Como resultado, foram definidas as Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente.

No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu, por meio da Resolução RDC 36/2013, seis Protocolos de Segurança do Paciente, incorporando as metas internacionais. Esses protocolos, aprovados e publicados pelas Portarias 1377/2013 e 2095/2013, foram estabelecidos para orientar os processos visando minimizar os riscos aos pacientes nos atendimentos, lembra Medina.

“Há sempre de se considerar que o erro humano existe e que quanto maiores forem os procedimentos de segurança, menores serão os riscos”, reforça o médico. A correta identificação de pacientes é essencial para garantir processos mais seguros desde a recepção. Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde também ajuda a evitar erros durante o atendimento médico.

Medina também aponta o protocolo de Segurança na Prescrição e de Uso e Administração de Medicamentos. Nos Estados Unidos, 400 mil eventos adversos evitáveis relacionados à medicação são registrados anualmente.

Há também o protocolo que se refere à cirurgia segura. “Fazer um checklist em momentos diferentes da cirurgia é uma ferramenta essencial para evitar erros”, explica Medina. Outro protocolo é a prática correta e constante da higienização das mãos, a fim de evitar ao máximo os riscos de contaminação.

Por fim, outro dos protocolos sugeridos pelo Ministério da Saúde é a prevenção de quedas, seja em internações, procedimentos ou exames. Assim como a orientação para adoção de processos capazes de evitar lesões por pressão, que são feridas que surgem na pele das pessoas que permanecem muito tempo na mesma posição.

Promover a participação consciente do paciente nos processos de segurança também é importante para melhorar esses procedimentos e evitar falhas. Solange Aparecida de Oliveira, enfermeira de qualidade e gestão de risco do COC, reforça que o paciente é uma das principais barreiras para garantir a segurança do procedimento na área de saúde, e por isso são recomendadas ações de conscientização e incentivo para que ele também participe e faça sua parte no processo de segurança.

“A colaboração do paciente é muito importante. Ele precisa participar do processo. Deve, por exemplo, checar se as informações na pulseira de identificação estão corretas, conferir a administração do medicamente prescrito, perguntar detalhes sobre o procedimento a que será submetido”, enumera.

Certificações

O Centro de Oncologia Campinas investe constantemente na melhoria do atendimento ao paciente, com o objetivo de garantir qualidade e segurança em todos os procedimentos que realiza. E para desenvolver a política de aperfeiçoamento, inicia uma importante parceria com o Escritório de Excelência Einstein, iniciativa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, reconhecida internacionalmente por boas práticas de qualidade e segurança.

A sinergia possibilitará ao Centro de Oncologia Campinas aperfeiçoar seus processos e se alinhar às especificações globais de excelência em qualidade e segurança na área da saúde. Também permitirá alcançar o selo de qualificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA).

Redação

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