O Instituto Internacional de Identificação (InterID) realiza nesta quinta-feira (15), a partir das 14h, o Seminário de Identificação Neonatal. O evento, online e gratuito, vai abordar a identificação de crianças recém-nascidas, apresentar tecnologias que permitem a individualização cadastral já na primeira infância e como o setor público tem atuado nesta importante missão de garantir a identidade civil aos pequenos. O seminário contará com a presença de autoridades do governo, especialistas no tema, academia e indústria.
Segundo o diretor-presidente do InterID, Célio Ribeiro, o Seminário quer ser um despertar para este tema ainda pouco debatido. “Todos os dias crianças são raptadas, trocadas ou mesmo sequestradas. Infelizmente, em vários casos, não há retorno para a família. Se houver uma política nacional de identificação biométrica do recém-nascido, que lhe garanta o devido cadastro único, estado e sociedade terão ao seu dispor um mecanismo de combate ao tráfico humano. Identificar uma pessoa significa dar-lhe o direito a ter direitos, e pertencer a uma família e jamais ser apartado deste convívio estão entre aqueles direitos sagrados da existência humana.”
Para Ribeiro, o primeiro benefício do processo de identificação do recém-nascido é mais justiça social para todos. “Essa identificação associa o bebê à mãe, criando verdadeira barreira para a livre circulação de criminosos do tráfico humano. Além disso, o sistema nacional de identificação contará com informações biográficas da criança, como nome, sexo, local e data de nascimento, filiação, entre outras, e, também, as biométricas. Noutras palavras, estaremos a introduzir a pessoa humana no ciclo completo da individualização que apenas a identificação civil é capaz de proporcionar, e as pessoas apenas precisarão atualizar esses dados com o passar do tempo e com o advento de necessidades pessoais. A identidade é direito de todos e não privilégio de alguns”, ressaltou.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, pelo menos 50 mil crianças e adolescentes são dados como desaparecidos no Brasil todos os anos. Desses, cerca de 10% não serão encontrados em razão do tráfico de pessoas, trabalho escravo, narcotráfico, rede de prostituição e pornografia infantil, infanticídio, adoções irregulares e comércio ilegal de órgãos.
A participação no evento é gratuita e as inscrições podem ser realizadas por meio do link.