Simpósio da Rede D’Or São Luiz apresenta os avanços na cardiologia

Começa hoje (16) e vai até amanhã (17) o II Simpósio Internacional de Cardiologia da Rede D’Or São Luiz. O evento, que acontece no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), vai debater os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas. Serão mais de 90 especialistas dos centros de cardiologia mais relevantes do país, além de quatro palestrantes internacionais.

“Serão discutidos temas relevantes da prática clinica diária do cardiologista através de casos interativos e conferências. Nossa programação foi planejada para abarcar toda a complexidade que se tornou a nossa especialidade”, explica a presidente da Comissão Organizadora, Olga Ferreira de Souza.

Um dos destaques da programação será a mesa que terá a presença do cardiologista intervencionista do Medstar Washington Hospital Center Hector Garcia. Ele vai apresentar um estudo desenvolvido por ele que estabelece formas de prever quais obstruções coronárias vão evoluir para infarto. Ele vai expor como técnicas mais modernas de imagem permitem prever quais dessas obstruções têm mais chance de prejudicar o fluxo sanguíneo no coração e provocar o infarto.

Outro convidado internacional, Renato Delascio Lopes, professor de Medicina no departamento de Medicina, Divisão de Cardiologia da Duke University School of Medicine, nos Estados Unidos, vai trazer o estudo que aponta para uma nova forma de cuidar de pacientes com fibrilação atrial. Pacientes que sofrem com esse tipo de arritmia precisam tomar remédios para evitar a formação de coágulos dentro do coração. Porém, há casos em que esses pacientes também apresentam obstrução nas artérias coronárias e precisam receber stent e, por causa disso, necessitam de medicamentos que alteram a coagulação. O resultado é que aumentam as chances de sangramento nesses pacientes. O estudo evidencia, justamente, que é possível reduzir essas medicações, diminuindo a chance de sangramento e também sendo efetivo para evitar a formação de coágulos.

O papel do cardiologista em tratamentos contra o câncer também vai estar em debate. Olga esclarece que alguns quimioterápicos podem provocar alterações no coração como efeito colateral (cardiotoxicidade). “Com isso, há chances de alguns desses pacientes desenvolverem problemas cardíacos”, relata. Por isso, o Simpósio vai destacar a importância do acompanhamento cardiológico ao longo do tratamento oncológico, bem como estudos que apontam medicamentos que podem reduzir os efeitos cardiotóxicos.  “É fundamental que  os pacientes em tratamento do câncer e com risco de desenvolver cardiotoxicidade tenham acompanhamento cardiológico. Por isso que os hospitais da Rede D’Or possuem um protocolo de cardio-oncologia em parceria com a oncologia para um cuidado diferenciado nesses pacientes”, explica a cardiologista.

Redação

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