A OSCIP ASPRECAM, Associação de Prevenção ao Câncer de Mama, lança nesta terça-feira (26), em Belo Horizonte (MG), a Rede Mamamiga Tech em ambiente virtual de aprendizado (AVA), uma plataforma digital que compila ferramentas preventivas, de controle, de tratamento e de qualificação para profissionais da saúde da Rede Sus e iniciativas particulares.
A plataforma é a evolução do modelo didático criado, um protótipo da mama feito de material que lembra, ao toque uma mama verdadeira, que apresenta as principais alterações mamárias que podem ser detectadas durante o exame das mamas. Criado em 2000, o modelo didático foi distribuído em espaços públicos e privados do país com o objetivo de oferecer a experiência tátil do que é normal e do que necessita de uma avaliação médica e mamografia. Estas ações, autoexame das mamas, exame clínico pelo médico e mamografia de diagnóstico, aumentam as chances de um tratamento precoce, fundamental para a cura e qualidade de vida dos pacientes.
Agora, este molde estático se converte em um simulador mamário que conta com o suporte de uma tutora virtual que ajuda mulheres e homens a conhecer melhor os possíveis sinais da doença. Além do tato, a escuta e a visão dos achados é um avanço e todas as informações são imediatamente compiladas no sistema de informação.
O mastologista e cirurgião plástico Thadeu Provenza, responsável pelo projeto, explica que a Rede Mamamiga Tech tem como objetivo maior levar o conhecimento aos profissionais de saúde que trabalham na atenção básica. “Queremos melhorar o acesso e o fluxo do atendimento à mulher, facilitando o diagnóstico e o tratamento precoce do câncer de mama na rede SUS. O modelo virtual traz outros serviços embarcados, como o exame clínico e mamografia, além de orientações sobre como realizar o autoexame”, explica o dr. Thadeu.
A Rede Mamamiga Tech contará ainda com um ambiente de qualificação dos profissionais de saúde e também espaço para registro de dados, funcionando como geradora de estatísticas acerca do câncer de mama e material para pesquisas. A plataforma estará disponível para o serviço público de saúde, hospitais e consultórios particulares, brevemente. Interessados devem acessar o site da Mamamiga para ter outras informações.
A presidente da ASPRECAM, Mônica Bessa, reforça que este é mais um instrumento da tecnologia em prol da prevenção e informação acerca do câncer de mama “Acreditamos que a Rede Mamamiga Tech se apresenta como uma oportunidade única de multiplicar o aprendizado e o acesso à informação, para diferentes públicos e objetivos. O sistema, por ser multimídia, possui alta capilaridade e escalabilidade, além de grande capacidade de armazenamento, contando, inclusive, com um sistema de informação, que alimenta um banco de dados. Desta maneira, será possível atender de forma diferenciada, aos profissionais da saúde, prefeituras, bem como universidades da área da saúde, empresas e público leigo. É a inovação e a tecnologia, a serviço da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama com potencial de gerar um grande impacto na história atual da doença. Por se tratar de uma ferramenta onde é possível conhecer a doença pelo tato, pela visão e pela escuta, torna-se um produto inclusivo, beneficiando, também, deficientes visuais e auditivos”, comenta.