Técnica mais avançada no mundo em cirurgia de próstata é apresentada em Curitiba

Da esq. para a dir., Stefen Guille (diretor Global de Desenvolvimento de Produtos da Richard Wolf), Dr. Thadeu Brenny Filho (Chefe do Serviço de Urologia do Hospital São Vicente Curitiba), Dr. Armin Secker, (Chefe do Centro de Pedras nos Rins e de Endourologia no Departamento de Urologia do Hospital Universitário Muenster) e Dr. André Labegalini (Urologista do Hospital São Vicente Curitiba)

Na segunda-feira (24) o médico alemão Dr. Armin Secker, chefe do Centro de Pedras nos Rins e de Endourologia no Departamento de Urologia do Hospital Universitário Muenster, especialista em técnicas de cirurgia para Hiperplasia de Próstata Benigna (HPB), esteve em Curitiba para realizar dois procedimentos no Hospital São Vicente Curitiba (PR). “Dr. Armin é um renomado cirurgião urológico alemão, ele tem bastante experiência nessa técnica que é a mais utilizada na Europa e nos Estados Unidos”, diz o urologista Dr. André Labegalini, que também foi um dos médicos cirurgiões, juntamente com os cirurgiões Dr. André Matos, ambos do Serviço de Urologia do Hospital São Vicente, e o convidado Dr. Thiago Hota.

Foram realizadas duas cirurgias ao vivo, transmitidas para urologistas convidados. “Esta técnica é o padrão ouro [como são chamadas as técnicas com melhores resultados para tratamento de doenças] no tratamento das próstatas com hiperplasia benigna – ou seja, aquelas próstatas que cresceram e obstruem o jato do xixi e que precisam ser tratados definitivamente com alguma cirurgia”, ressalta Dr. Labegalini.

Os procedimentos foram realizados pela técnica HoLEP – Holmium Laser Enucleation of the Prostate, com os equipamentos MegaPulse 70 e Piranha System, da Richard Wolf – referência em equipamentos na área.

Minimamente invasivo e sem cortes, o procedimento feito pelo canal da uretra é para o tratamento cirúrgico de hiperplasia prostática benigna, mais conhecida como aumento benigno da próstata. É uma técnica indicada para próstatas maiores de 200g. Entre os avanços que essa técnica representa está a diminuição de sangramento e a recuperação mais rápida do paciente. “A vantagem dessa tecnologia sobre as outras técnicas é a possibilidade de uma alta mais precoce, maior controle de dor, menos sangramento, o que permite menor estadia do paciente no hospital, reduzindo custos em geral e com o paciente podendo voltar para a casa e para o seu trabalho mais precocemente”, explica o médico.

Atento aos avanços na área, o Hospital São Vicente realizou a primeira cirurgia com essa técnica no mês de maio desse ano. “O São Vicente é o primeiro hospital do Brasil a adquirir o sistema Richard Wolf, que hoje é reconhecida mundialmente por ter os principais produtos de Urologia no mundo. Isso garante segurança, modernidade e precisão aos médicos urologistas e principalmente aos pacientes”, afirma gerente da Endotech na Região Sul, distribuidor da Richard Wolf no Brasil, Dionísio Melo.

O procedimento é realizado por laser e sem cortes, com dois aparelhos e dois instrumentais. Por meio deles, é possível tratar qualquer tamanho de próstata, desde as menores até as de maiores dimensões, que são aquelas com mais de 80 gramas, chegando até 200 gramas, sem a necessidade da cirurgia tradicional. “Conseguimos tirar maiores quantidades do adenoma, que é essa glândula aumentada que obstrui a saída da urina, sem cortes, evitando, muitas vezes, a necessidade de um novo tratamento depois de alguns anos”, detalha.

Dr. Labegalini esclarece que antes, para casos de próstatas muito grandes, o indicado era a cirurgia aberta, que ainda hoje é feita, mas para casos bem específicos. Há muitas diferenças entre as técnicas.

Hiperplasia Prostática Benigna

De acordo com Sociedade Brasileira de Urologia, a Hiperplasia de Próstata Benigna (HPB) atinge cerca de 50% dos homens após os 50 anos, sendo que em 30% dos casos é indicado cirurgia. Os principais sintomas da doença são jato fraco, necessidade de esforço, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da frequência urinária e gotejamento na hora de urinar. “Inicialmente, tentamos tratamentos comportamentais e medicamentosos, mas em alguns homens o problema progride com piora dos sintomas, levando à necessidade de algum tratamento cirúrgico”, revela Dr. André Labegalini.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.