Versáteis e tecnológicas. As salas híbridas do HCor unem no mesmo espaço centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção não cirúrgica associados a equipamentos de imagem de alta definição.
A estrutura, organizada em uma área de 100 m², integra tecnologias e permite que o cirurgião e o intervencionista atuem juntos em procedimentos de grande porte e alta complexidade, com todo suporte integrado de exames de imagens de alta resolução atualizadas em tempo real. A amplitude das salas ainda garante ergonomia e mobilidade às equipes.
De acordo com o Dr. Alexandre Abizaid, Coordenador Médico da Sala Híbrida de Cardiologia HCor, as terapias híbridas (que unem cirurgia e procedimentos minimamente invasivos) encontram nessas salas todos os recursos de imagem necessários e um local mais propício para uma intervenção com menor trauma cirúrgico.
A grande vantagem, tanto para o paciente quanto para o cirurgião, é que, no caso de uma emergência, não é necessário trocar de sala para o tratamento de pacientes de alto risco e com doenças complexas.
“O espaço é desenhado para que os exames como tomografia e Ressonância Magnética sejam usados antes, durante e depois das intervenções, proporcionando mais segurança e precisão em procedimentos complexos, e reduzindo o tempo de recuperação dos pacientes quando comparado à cirurgia convencional. Com as salas híbridas, a equipe muda de sala sem mudar de ambiente”, explica o Abizaid.
Além de toda a tecnologia, os pacientes atendidos no local contam com a assistência de um hard team, composto por um grupo multidisciplinar de médicos intervencionistas, cirurgiões, enfermeiros e profissionais de saúde de outras especialidades, todos voltados para o desfecho favorável do tratamento.
As salas híbridas da instituição atendem as especialidades de Cardiologia, Neurologia e Ortopedia.
Focos de atendimento
Com o time híbrido em ação, na área da Neurologia, são contemplados pacientes com diagnósticos de aneurisma, Parkinson, epilepsia e tumores cerebrais.
De acordo com Guilherme Lepski, neurocirurgião do HCor, para a neurocirurgia, a realidade das salas híbridas permite a ressecção completa de tumores cerebrais ou das malformações arteriovenosas cerebrais, com impacto positivo na qualidade de vida e na sobrevida dos doentes
“Dentro da sala híbrida, existe mais controle do processo. No caso de intervenções em tumores, por exemplo, quando o procedimento termina, o paciente é analisado com uma nova imagem de ressonância magnética para garantir que a remoção foi completa”, explica Lepski.
Já na Cardiologia, Abizaid destaca que um dos principais focos da sala híbrida é no atendimento de doenças coronárias e valvares, como a estenose aórtica (estreitamento da válvula aórtica), que acomete cerca de 5% da população idosa acima dos 70 anos.
Apesar de muitas vezes assintomática, a doença pode ocasionar síncope, insuficiência cardíaca e morte súbita, necessitando de intervenção, a depender do comprometimento da válvula.
Segundo o cardiologista, o diagnóstico tardio pode aumentar para 50% a chance de mortalidade nesses pacientes em até dois anos, por isso, é fundamental que a população não deixe de lado consultas e exames de rotina, como a Ecocardiografia, que podem ajudar a identificar doença.
Vale lembrar que o HCor chegou a registrar uma queda de cerca de 70% na realização de consultas e exames durante o pico da pandemia (dados de junho/2020) e que, para o movimento de retomada, o hospital investiu em reformulações de fluxos que preveem: Pronto-Socorro exclusivo para atendimento a pacientes com síndrome gripal; unidade completa para realização de exames laboratoriais e de imagem apartada do ambiente hospitalar; prédio exclusivo para consultórios separado do complexo hospitalar e agendamentos com intervalos maiores entre os exames, para evitar potencial aglomeração de pessoas nas salas de espera.