Terapias melhoram qualidade de vida de pacientes com doenças incuráveis

Viver com uma doença incurável requer adaptação de rotina, dos hábitos e cuidados com a saúde física e mental, uma vez que seu impacto na qualidade de vida pode ser significativo. Esse é o caso de quem convive com Lúpus, Fibromialgia ou Alzheimer, enfermidades que fazem parte da extensa lista de doenças crônicas que afetam milhões de pessoas no mundo.

Conforme a Dra. Daniela Lima, geriatra e a coordenadora do projeto de saúde integrativa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, embora apresentem características distintas, essas doenças podem ter seus sintomas reduzidos com a realização de diversas ações terapêuticas aliadas ao tratamento.

“Uma equipe multidisciplinar é fundamental nestes casos, pois ela atuará junto ao médico, incluindo atividades complementares visando o bem-estar do paciente”, explica.

A especialista destaca que Terapia Ocupacional, fisioterapia, acupuntura e musicoterapia estão entre as atividades que auxiliam no tratamento de dores crônicas, redução de quadros de ansiedade e depressão, estresse e insônia, bem como na melhora da mobilidade, equilíbrio e memória.

Terapia Ocupacional

Exercícios como leitura, jogos lúdicos, trabalhos manuais e outras atividades atuam no estímulo físico e mental do paciente e contribuem para reduzir o impacto do avanço do Alzheimer, auxiliando nas funções básicas e alterações de comportamento causados pela doença.

Acupuntura

A prática visa estimular os pontos reflexos, promovendo inúmeros resultados terapêuticos. Pacientes com Fibromialgia e Lúpus podem obter melhora significativa de sintomas como dor, ansiedade, dificuldade de concentração, alterações do sono e fadiga, entre outros que afetam a qualidade de vida.

Dr. Levi Jales Neto, reumatologista e acupunturista da Rede São Camilo SP, ressalta que a acupuntura tem como objetivo reduzir o sofrimento do paciente que apresentam dores fortes, em alguns casos incapacitantes, auxiliando no bem-estar geral.

Musicoterapia

De acordo com a musicoterapeuta da Rede São Camilo SP Perola Carvalho Pereira, a prática pode contribuir à estimulação cognitiva, neurológica, da linguagem e da comunicação, bem como promover o acolhimento e elaboração de traumas, de adoecimento e luto, manejo de dores crônicas, ansiedade e depressão.

Dessa forma, tanto pacientes com Alzheimer como portadores de Lúpus e Fibromialgia poderão ter benefícios com a técnica, cujo amplo alcance promove melhora do bem-estar físico e emocional.

“A musicoterapia utiliza das propriedades de evocação e terapêuticas da música num processo estruturado para cuidar do ser no seu todo”, destaca a especialista.

Fisioterapia

Eficaz no tratamento de dores, a fisioterapia é um conjunto de práticas que, ao ser adaptada para cada necessidade, torna-se um apoio terapêutico importante aos pacientes que vivem com Fibromialgia e Lúpus.

Além disso, conforme orienta a Dra. Daniela, a técnica também auxilia na reabilitação de pacientes com Alzheimer, estimulando membros superiores e inferiores e exercitando a mastigação e outros movimentos afetados pela doença.

Segundo Dr. Levi, todas essas práticas podem ser discutidas com o médico a fim de definirem, juntos, quais serão os métodos mais adequados, objetivando sempre a melhora da qualidade de vida do paciente.

Ele ainda ressalta que, além das terapias complementares, o paciente obterá inúmeros benefícios ao aderir a técnicas de meditação, à prática regular de atividades físicas e à alimentação saudável, que proporcionam alívio dos quadros de dor, entre outros benefícios, ampliando as chances de sucesso do tratamento.

Fevereiro Roxo

Pensando na importância de compartilhar informações e promover o bem-estar dos portadores destas doenças, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo adere à campanha Fevereiro Roxo, iluminando as fachadas de suas unidades Santana, Pompeia e Ipiranga durante todo o mês.

A Instituição também divulgará conteúdos em suas redes sociais, com dicas de especialistas sobre formas de prevenção, diagnóstico e tratamentos das doenças, além de contar com equipes multidisciplinares preparadas em todas as unidades para atender às necessidades de pacientes com doenças crônicas.

Redação

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