Teste da Bochechinha e a importância da triagem neonatal na saúde das crianças

A Pague Menos, única rede de farmácias presente em todos os estados e no Distrito Federal, participou na última semana, em 20 de abril, do primeiro evento organizado pelo meuDNA para debater a importância de exames de triagem neonatal para a identificação e tratamento precoce de doenças em bebês. O bate-papo virtual, destinado a profissionais da área médica e geneticista, além de pais e mães, discutiu como exames genéticos, como o meuDNA Bochechinha, podem atuar para ampliar a eficácia das triagens neonatais já existentes hoje em dia e obrigatórias em muitos estados, como teste do pezinho e do olhinho.

Além do Diretor de Serviços Farmacêuticos da Pague Menos, Albery Dias, também estiveram presentes na conversa online os neuropediatras Dr. Fernando Kok, diretor médico do laboratório Mendelics e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Teste da Bochechinha, e Dra. Fernanda Monti também médica do laboratório. Representando o meuDNA, os neuropediatras abriram o evento apresentando a história da triagem neonatal no Brasil e seu propósito, o teste genético desenvolvido pela Mendelics e algumas das mais de 320 doenças identificadas por ele. Também destacaram a importância do teste não como substituição, mas sim como complemento aos exames neonatais atuais e já difundidos. “O teste genético é uma forma de ampliar muito o número de doenças investigadas, e com isso trazer mais segurança para a saúde do bebê”, explicou o Dr. Kok.

Na sequência, a jornalista e palestrante Larissa Carvalho deu um depoimento emocionante sobre o seu filho Théo, portador de Acidúria Glutárica Tipo I, doença genética recessiva rara, e que não foi identificada pelos exames e testes disponibilizados na época, e feitos durante a sua gestação e primeiros dias de vida do bebê. “Minha gravidez foi perfeita, o meu parto também. Eu ouvia todos os dias, em todos os exames ‘o seu bebê é lindo, está tudo bem com ele’. Após, o parto fomos para o quarto juntos e não havia nenhum sinal de nada. Essas são doenças cruéis, não adianta ter apenas um olhar atento, é preciso ter um exame eficiente”. Larissa detalhou sua campanha para conscientizar cada vez mais a população e o poder público sobre o quão essencial é uma triagem neonatal mais abrangente. “As pessoas têm o direito de saber que existe um teste do pezinho ampliado, um teste da Bochechinha. Eu fiz disso uma bandeira da minha vida”.

O encontro contou ainda com a doutora em Biotecnologia e especialista em Genética Médica, Ellaine Carvalho, que explicou as dificuldades atuais da triagem neonatal, as diferenças entre testes bioquímicos e moleculares, a natureza e definição das doenças raras, e como elas podem ser detectadas por esses métodos. “O procedimento de triagem deve ser capaz de alterar a história natural da doença em uma parcela significativa da população. Possibilitando, assim, o tratamento adequado a partir da sua identificação, visando minimizar os riscos ou complicações advindas dessa condição”. A especialista também esmiuçou as distinções entre os tipos de testes aplicados hoje em dia pelo SUS e entidades particulares, como metodologia e números de doenças identificadas.

Para fechar as apresentações, Albery Dias destacou a importância de uma rede de farmácias como a Pague Menos em aumentar a capilaridade e o alcance de um exame tão relevante como esse. Com a venda do meuDNA Bochechinha já disponível pela rede em sua loja online e em unidades em oito cidades do País, e em fase de expansão, o executivo enfatizou o exame como um complemento do seu portfólio de serviços farmacêuticos, e ainda como a história da Larissa e do Théo foi essencial na definição dessa parceria entre a farmácia e o meuDNA. “Quando fui a São Paulo para discutir com o time da Mendelics a possibilidade de testes genéticos na Pague Menos, como de Covid, eu havia assistido duas semanas antes o vídeo da Larissa no TEDx Talks. E quando me apresentaram o Teste da Bochechinha e as suas possibilidades, aquilo me deixou espantando, e o depoimento da Larissa me veio à mente na hora. Esse movimento, essa novidade de trazer teste genético para farmácia, foi graças à Larissa e à causa que ela defende. Sem ela, nada disso teria acontecido”.

Após uma rodada de perguntas, o encontro foi finalizado com o pequeno Théo, sorridente no colo da mãe, acenando aos participantes do evento.

Redação

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