Trabalho de dosimetria em radioterapia tem reconhecimento internacional

O Instituto de Radioterapia São Francisco (IRSF) participou recentemente de um trabalho internacional de dosimetria aplicada ao controle de qualidade em radioterapia. O trabalho, desenvolvido pela Física Luiza Freire de Souza, investigou a viabilidade de um dosímetro desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Unidade de Pesquisa e Ensino da Comissão Nacional de Energia Nuclear, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Os dados foram publicados em uma revista científica de grande credibilidade no meio acadêmico, a Radiation Physics and Chemistry, em janeiro.

“Tratam-se de duas matrizes de borato testadas em Radioterapia. Uma delas foi explorada de forma pioneira e os resultados foram animadores”, diz Arnie Nolasco, físico médico do IRSF que participou do estudo. “Esse material foi pesquisado como alternativa para a realização dos testes de qualidade que asseguram a excelência dos aparelhos em Radioterapia ”, explica.

Benefícios

O físico explica que o material tem potencial para ser mais acessível, o que pode beneficiar as clínicas e, consequentemente, os pacientes. “O controle de qualidade dos aparelhos contempla um grande número de procedimentos e testes que devem ser executados regularmente”, comenta.

“Muitas dessas tecnologias são caras e dependentes da importação, dificultando o acesso e a utilização em nosso país. Esse dosímetro criado aqui no Brasil pode contribuir muito para a difusão de matrizes para controle de qualidade em radioterapia com baixo custo”, diz.

Física médica

Estudos como esse contribuem para o trabalho da Física Médica, setor responsável pela garantia da qualidade, calibração e gerenciamento dos equipamentos e suas tecnologias, pelo planejamento e cálculo dos parâmetros e estratégias terapêuticas que objetivam o cumprimento da prescrição médica. “Devemos controlar todas as variáveis do processo de tratamento, reduzindo as incertezas ao valor mínimo exequível. O padrão da radioterapia tem que ser a excelência”, frisa o físico.

Redação

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