Há menos de dois anos, a vanguarda das cirurgias para tratar problemas urológicos (como câncer de próstata, correção de malformações de ureteres e transplantes de rins) no Distrito Federal era a laparoscopia. Hoje, em sintonia com o que há de mais moderno no mundo, a Rede Ímpar oferece a possibilidade de um tratamento mais moderno, com menos sangramento, menor tempo de internação e reduzidas chances de complicações. A cirurgia robótica já ajudou a melhorar o tratamento de 499 pacientes do Hospital Brasília.
Nesta sexta-feira (12), o urologista Mário Fernandes Chammas Júnior opera o 500º paciente do Hospital Brasília. O paciente tem um câncer agressivo de próstata. O especialista conta que o robô, modelo DaVinci, permite movimentos semelhantes aos da mão humana. “A tecnologia permite uma maior destreza e precisão dos movimentos cirúrgicos, que são realizados por braços robóticos comandados pelo cirurgião, desenvolvendo movimentos em sete graus de liberdade, com amplitude superior aos da mão humana”, explica Mário Chammas.
Ele acrescenta que a precisão também é maior porque o robô permite uma visão em três dimensões de alta definição, que pode ser aumentada em até dez vezes. O urologista diz que, em caso de tratamento de próstata, essa técnica é importante porque é capaz de permitir a preservação dos nervos responsáveis pela potência sexual e também uma reconstrução mais eficaz dos órgãos após a retirada da próstata, podendo contribuir com uma recuperação mais rápida para o paciente.
O paciente 500 tem pouco mais de 70 anos e não tem histórico de doenças pré-existentes. Ele será operado nesta sexta-feira (12) e deve receber alta no máximo no domingo, (14), conforme prevê o doutor Mário Chammas.
A enfermeira robótica Juliane Kilian Santos, que acompanha a maior parte das cirurgias desse tipo feitas no Hospital Brasília, conta que, atualmente, entre 30 e 35 cirurgias desse tipo são feitas a cada mês utilizando a técnica.
O robô já foi auxiliar importante em 419 cirurgias urológicas, 39 de tórax, oito de ginecologia, nove de coloproctologia, duas de cabeça e pescoço e 23 das chamadas “cirurgias gerais” (gastroplastias e hérnias de hiato, por exemplo).