O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) é um problema de saúde que afeta homens a partir dos 40 anos. Nessa idade, a incidência varia entre 5% e 7%, mas com o passar do tempo, a probabilidade de desenvolver a condição aumenta. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o percentual pode chegar a 30% após os 60 anos. Conhecer as formas de prevenção e tratamento é uma maneira de garantir a saúde e o bem-estar.
O DAEM caracteriza-se pela redução do nível do hormônio testosterona, o que afeta não só a composição corporal, mas também o controle metabólico, a vida sexual e o psicológico do paciente. Por isso, as autoridades de saúde alertam para a importância de os homens manterem uma rotina de cuidados com o corpo.
De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, isso inclui consultas regulares com um profissional da área de urologia. É ele quem pode auxiliar na detecção do DAEM que, a princípio, pode ser assintomático e evoluir de forma silenciosa.
Com o passar do tempo, o paciente acometido pelo DAEM pode apresentar sintomas como perda de libido, disfunção erétil, ganho de peso, diminuição da força muscular, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, osteopenia, osteoporose e depressão.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do DAEM é feito por meio de avaliação clínica, podendo ser solicitados exames laboratoriais complementares. Uma vez confirmado o distúrbio, as autoridades de saúde recomendam o tratamento através da reposição hormonal.
A SBU explica que a reposição oferece resultados satisfatórios, melhorando a composição corporal e reduzindo os sintomas apresentados pelo paciente. Como consequência, o tratamento promove efeitos positivos para o metabolismo, a vida sexual e a saúde mental.
Há várias formas de realizar o tratamento. A reposição hormonal pode ser feita com medicamentos orais, aplicação de gel e adesivos na pele e injeções. “A forma ideal de reposição deve contemplar características de segurança, conveniência, liberação adequada da substância com princípio ativo, flexibilidade de doses e eficácia”, explica a SBU em manual sobre o assunto, publicado em 2017.
Prevenção e fatores de risco
Embora a probabilidade dos homens desenvolverem o DAEM aumente com o tempo, alguns fatores favorecem o surgimento do problema. Dentre eles estão os distúrbios alimentares, a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo.
Dessa forma, alguns cuidados ajudam na prevenção do problema. As autoridades de saúde orientam ter uma alimentação equilibrada para manter os níveis saudáveis de glicose, colesterol e triglicérides; a prática regular de atividade física; além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro.
DAEM é o mesmo que andropausa?
Popularmente, o DAEM tem sido chamado de “andropausa”, como uma referência à redução dos hormônios sexuais nos pacientes do sexo masculino. No entanto, as autoridades de saúde explicam que o uso do termo é considerado incorreto.
A redução do nível de testosterona não é a única condição que o distúrbio provoca. As manifestações clínicas acompanham alterações fisiológicas e, também, psicológicas.