Unimed Laboratório lança campanha de vacinação contra o HPV

Quase 80% da população paranaense têm direito à vacina contra a Hepatite B. Foto: SESA

Para sensibilizar as pessoas sobre os riscos do Papilomavírus Humano (HPV), a Unimed Laboratório inicia uma campanha de vacinação contra o vírus, que responde por 99% dos casos de câncer de colo de útero. É o terceiro mais frequente entre as mulheres no Brasil, o quarto que mais mata – e um dos poucos que pode ser prevenido com vacina.

O médico infectologista Jaime Rocha, da Unimed Laboratório, explica que a doença é transmitida desde o início da vida sexual. “A maioria das pessoas adquire o HPV nos primeiros três anos em que passa a ter relações sexuais”, afirma. Embora a vacina não substitua outros métodos de prevenção nem permita o abandono do uso de preservativos, ela é mais uma arma contra a doença causada por um vírus altamente contagioso.

A vacina já foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda atende a uma faixa etária restrita. Cinco anos depois de o Brasil fazer a primeira campanha nacional de vacinação contra o Papilomavírus Humano e de disponibilizar a vacina gratuitamente no SUS, apenas 48,7% da população-alvo recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi imunizada. “Os dados são alarmantes. Os pais precisam orientar seus filhos sobre a importância da vacinação. Ela pode e deve ser tomada mesmo antes do início da vida sexual. As pessoas precisam entender que vacinar é um ato de amor e pode prevenir doenças graves, muitas delas fatais”, orienta o infectologista.

O vírus está presente em mais da metade população brasileira sexualmente ativa. Pesquisa realizada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento em parceria com o Ministério da Saúde mostrou que 54,6% dos indivíduos entre 16 e 25 anos no país têm HPV. Divulgada no fim do ano passado, a análise teve a participação de 5,8 mil mulheres e 1,8 mil homens de todas as regiões.

As vacinas contra o HPV são administradas em duas doses na rede pública e em três doses na rede privada. A primeira é dada na data escolhida, a segunda com intervalo de 30 a 60 dias (dependendo da vacina utilizada – bivalente ou quadrivalente) e a terceira com 6 meses de intervalo da primeira dose. Resultados dos estudos clínicos demonstraram eficácia de 99% para câncer de colo de útero, 100% de proteção para lesões de alto grau de vagina e vulva e 99% para lesões genitais externas.

“O Ministério da Saúde tem um protocolo próprio, que contempla duas doses. Na Unimed Laboratório seguimos o esquema vacinal da bula do fabricante e os estudos registrados na Anvisa, que recomendam três doses. Caso a pessoa tenha tomado duas doses no SUS, ela pode tomar a terceira na rede privada”, esclarece Rocha.

São mais de 100 tipos de vírus, dos quais 13 são considerados de alto risco, podendo causar, além dos tumores cervicais, câncer de ânus, vulva, vagina e de pênis. Altamente contagioso, muitas vezes assintomático, e sem cura, ele é transmitido principalmente durante a relação sexual sem proteção.

Quem deve tomar a vacina?

Mundialmente, a vacina é indicada para mulheres de 9 a 45 anos e para homens de 11 a 26 anos. A rede pública de saúde disponibiliza vacinas apenas para meninas entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 15 anos incompletos, pacientes que convivem com HIV e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.