Criar uma bicicleta ergométrica acessível usando condução mioelétrica para auxiliar no processo de recuperação de lesões na medula espinhal é o foco do projeto que a UniSENAI – campus Chapecó desenvolve em parceria com a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), de Joaçaba, e a universidade americana Olympic College. A iniciativa receberá aporte de US$ 100 mil do edital de inovação 100.000 Strong in the America, uma iniciativa do Departamento de Estado dos EUA que tem o apoio das embaixadas americanas e visa incentivar o intercâmbio de acadêmicos e docentes das Américas. O anúncio foi feito na terça-feira (20), no consulado americano, em São Paulo (SP).
O projeto utilizará conceitos de inteligência artificial, project-based learning (aprendizado baseado em projetos) e machine learning (aprendizado de máquina), ou seja, contará com um sistema que pode modificar-se autonomamente com base na própria experiência. “Serão aplicadas diversas tecnologias como machine learning, inteligência artificial, para criar um sistema de recomendação de tratamento para pessoas com lesão na coluna espinhal. O projeto envolve desde a modelagem, sistemas de recomendação e coleta de sinais mioelétricos, que podem ser medidos por eletrodos sobre os músculos. A iniciativa envolve profissionais da área médica, de fisioterapia e ainda um comitê de ética”, explica Valério Piana, coordenador dos cursos da área de TI da UniSENAI Chapecó.
A coleta de informações em pacientes saudáveis para reproduzir os mesmos movimentos em paraplégicos ou tetraplégicos será o início do projeto catarinense. Os integrantes que participam são acadêmicos dos cursos de engenharia mecânica e de análise de desenvolvimento de sistemas. Eles têm até um ano para concluir os estudos.
Além desse, outros cinco projetos foram recomendados no Brasil e farão parte do programa Strong in the Americas. As equipes vencedoras de bolsas anunciadas envolverão 18 universidades e instituições do SENAI no Brasil em parceria com diversas faculdades e universidades dos EUA para implementar programas de educação inclusiva para mais de 50 alunos em ambos os países durante 2022-2023.