Artigo – Gerar valor é desafio global

Melhorar o acesso, priorizar a atenção primária e remunerar profissionais por geração de valor e não pela quantidade de atendimentos são tendências globais que se consolidam na busca por excelência na gestão da saúde.

Foi o que constatei em minha participação no 23º Seminário Para Líderes e Profissionais de Saúde Latino-Americanos – Gestão da Saúde no Século XXI, na Universidade de Harvard, em Boston (EUA), em março deste ano.

O encontro trouxe informações de mercado sobre práticas bem-sucedidas no sistema de saúde dos Estados Unidos, com o propósito de apontar pontos de melhoria que também podem ser implementados em países da América Latina.

Para tanto, foram considerados alguns fatores que aproximam as duas realidades, como o envelhecimento da população, o aumento dos custos, a dificuldade de acesso e a irregularidade no atendimento.

Ficou claro que a migração para um modelo de gestão da saúde mais focado na individualidade, na prevenção e na qualidade do serviço é uma mudança que se mostra fundamental e urgente.

Pesquisas recentes apontam, inclusive, um número cada vez maior de pacientes preocupados não somente com a precisão do diagnóstico, mas com os cuidados que receberão ao longo do tratamento.

Para que isso aconteça, será preciso combinar a humanização, a capacitação profissional e o uso da tecnologia para que cada indivíduo possa apropriar-se de seu atendimento, antes mesmo de se tornar um paciente de fato. Além, é claro, de muita sinergia entre gestores de hospitais, operadoras de seguro e administradoras de benefícios.

Quem sabe em um futuro próximo já poderemos ter consolidados projetos como a implantação de prontuários eletrônicos integrando os setores público e privado; o uso da telemedicina para agilizar a entrega de laudos, tempo de atendimento e internação; e aplicativos por comando de voz que informam pacientes sobre consultas, exames e até otimização de espera nos consultórios, por exemplo.

Há 16 anos atuando no mercado com foco na gestão de benefícios e seguros, a Nunes & Grossi tem buscado investir em um conceito mais amplo de prevenção. Entendemos que estimular a geração de valor é o ponto inicial para convergir os interesses de todos os envolvidos e, assim, garantir uma atuação mais adequada às necessidades da população e aos indicadores do mercado brasileiro.

 

 

Viviane Grossi é sócia-diretora da Nunes & Grossi, administradora de benefícios sediada em Santos (SP)

Redação

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