Roda de conversa sobre Síndrome de Down é realizada no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes

“Com acolhimento”. Assim, a presidente da Associação Down de Goiás (Asdown), Ana Maria Motta, define a maneira em que pais e crianças com a característica da Síndrome de Down devem ser recebidas. Em uma roda de conversa realizada na última quinta-feira (21), no auditório do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), em Goiânia (GO), a presidente falou sobre rotina, oportunidades e desafios de famílias com pessoas com características da alteração genética do cromossomo 21. O encontro reuniu profissionais da unidade em um dia especial, já que na data, foi comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Entre falas que emocionaram os participantes, Ana Maria abordou sobre como é a rotina de ser mãe de dois jovens com as características da síndrome, além ressaltar que a condição não é motivo para diferenciar as pessoas. “Sou mãe de três filhos e dois deles têm a alteração genética. Nada foi diferente para ambos, pelo fato de não tratarmos eles diferente de outras pessoas. Maria Teresa tem 23 anos, é cozinheira e está noiva. Já o Pedro, tem 21 anos, é atleta e fotógrafo. Eles têm as suas dificuldades como todas pessoas, mas nada que não conseguimos vencer juntos”, afirmou.

A presidente também falou como os profissionais da saúde devem proceder em casos de gestações em que os bebês possuem a alteração genética. “Acolher e receber com amor esse novo bebê, é a chave para a família também recebê-lo sem achar que tem algo diferente com ele. Uma nova vida chegou e isso é sempre motivo de alegria”

Para a gerente de Enfermagem do HEMNSL, Angelita Alves, participar do evento e saber sobre a experiência da presidente da Asdown foi engrandecedor. “A conversa trouxe um novo olhar para a forma que queremos prestar assistência aos nossos pacientes. Quando a Ana Maria comentou que ‘todos ficaram em silêncio quando minha filha nasceu’, despertou como a aceitação deve vir junto com a construção do amor e que isso faz diferença no desenvolvimento de filhos com a síndrome”, afirmou.

Já a psicóloga da unidade, Piera Sampaio explicou o procedimento do serviço de Psicologia quando existe algum nascimento de bebês com a síndrome. “Somos acionados pela equipe médica pediátrica para auxiliarmos a família com o bebê, pois a mulher quando engravida, idealiza um bebê durante meses e após o nascimento, ela vê as delicadezas do filho. Fazemos a mediação quando necessário, no intuito de auxiliar os pais a similar as características do bebê com a síndrome”, afirmou.

Redação

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