Fundación MAPFRE e OPAS/OMS criam rede de empatia para falar sobre saúde mental

A pandemia de Covid-19 tem produzido impactos significativos na esfera social e econômica, assim como nas condições de saúde física e mental e no bem-estar da população. Segundo documento publicado recentemente pela revista científica The Lancet, mais de quatro em cada 10 brasileiros tiveram problemas de ansiedade. O estudo também aponta o impacto que a Covid-19 teve na saúde mental de populações vulneráveis, como jovens, mulheres, pessoas com transtornos mentais pré-existentes, assim como trabalhadores da saúde e da linha de frente e pessoas com menor status socioeconômico.

“As condições mentais relacionadas ao uso de substâncias são altamente prevalentes em todo o mundo. No Brasil, isso não é diferente. De um lado, existe uma demanda crescente de pessoas que necessitam de cuidado. De outro, há escassez de serviços e profissionais especializados, o que gera uma lacuna de tratamento que – somada a outros fatores sociais e econômicos, como desemprego, desigualdades sociais, discriminação e estigma associado a pessoas com problemas mentais – agrava ainda mais a situação”, conta Catarina Dahl, consultora de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foi com o intuito de ajudar a preencher esses espaços e abordar o assunto com mais consciência e empatia que a Fundación MAPFRE e a OPAS/OMS se juntaram para lançar uma campanha digital com foco na saúde mental da população brasileira. O “Movimento Papo Cabeça” irá unir, durante os meses de dezembro e janeiro, vozes – entre especialistas e influenciadores – para promover uma roda de conversa sobre saúde mental. Ao abordar o assunto de forma aberta e com diálogo, a campanha pretende levar informação confiável e de qualidade para toda a sociedade.

“Só com informação e empatia seremos capazes de aumentar a compreensão e diminuir os preconceitos em relação à saúde mental. Nos juntamos com a OPAS/OMS para convidar a sociedade para essa conversa, reunindo várias mentes para dialogar, escutar e conhecer mais sobre o assunto”, completa Fátima Lima, representante da Fundación MAPFRE no Brasil.

Baseada nos pilares escuta, diálogo e informação, o “Movimento Papo Cabeça” pretende, ao longo das próximas três semanas, atuar em diversas frentes – com diferentes públicos – para criar uma grande rede de empatia e ouvir e falar de forma acessível, sem julgamentos ou seletividade.

Movimento Papo Cabeça

O “Movimento Papo Cabeça”, que entrará no ar no Instagram da Fundación MAPFRE, terá a influenciadora e estudante de psicologia Carol Rocha, conhecida como Tchulim (@tchulim), conversando com especialistas e nomes do meio digital sobre suas histórias de saúde mental. Os influenciadores Spartakus (@spartakus) e Alexandra Gurgel (@alexandrismos) estão confirmados na conversa, assim como a consultora da OPAS/OMS Catarina Dahl.

Papo Cabeça no Podcast Esquizofrenoias

A campanha também ganhará destaque no podcast Esquizofrenoias, apresentado por Amanda Ramalho e com foco em saúde mental. Em dois episódios especiais, o programa irá discutir as razões pelas quais a saúde mental da população do Brasil foi tão desafiada nos últimos anos, além de trazer dicas de como identificar gatilhos e sinais de que a saúde mental não vai bem e reforçar a importância da empatia para tratar o assunto e lidar com as questões do dia a dia.

Plataforma Papo Cabeça

Por fim, para agrupar uma série de conteúdos criados pelos especialistas participantes do movimento em um ambiente prático e acessível, será criada uma plataforma digital exclusiva e gratuita. O espaço vai reunir informações para que as pessoas possam entender tudo mais o tema e ter ferramentas para se conhecerem e buscarem ajuda quando necessário.

Além desses conteúdos, a campanha “Movimento Papo Cabeça” também vai reunir ações de mídia paga e redes sociais para aumentar ainda mais o potencial de alcance das informações.

“Campanhas como estas são oportunidades valiosas para conscientizar a população, desmistificar o tema saúde mental e criar uma atmosfera de solidariedade entre as pessoas e na sociedade como um todo”, conclui Catarina.

Redação

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