As principais tendências para a área de gestão de saúde em 2022

A DGS Brasil, empresa pertencente ao Grupo Dedalus, provedora de soluções de diagnóstico e gestão hospitalar, aponta os principais temas e tendências que estarão em evidência no setor de saúde durante o ano de 2022.  

“Queremos evidenciar o que há de mais importante dentro deste mercado, atuando em busca da construção de um ecossistema totalmente centrado no paciente. Nossa missão é desenvolver plataformas de tecnologia que acompanhem e atendam a todo o ciclo do cuidado, desde a prevenção, a detecção precoce, os diagnósticos, o tratamento até a desospitalização, e por fim, o home care”, ressalta Patrícia Martinelli, executiva da DGS Brasil. 

Confira abaixo o que pode ser tendência dentro da área de gestão em saúde:  

1) O paciente como centro de tudo  

Mesmo antes da pandemia de Covid a área da saúde já estava passando por um período de grande transformação. E podemos resumir os motivos dessa transformação em três fenômenos que são mundiais: envelhecimento da população, custos altíssimos para o cuidado e o aumento das doenças crônicas.  

Esses fenômenos acabaram estimulando a buscar alternativas para tratá-los, como a desospitalização com o uso de telemedicina e o acompanhamento remoto de pacientes, o uso de inteligência artificial nas plataformas tecnológicas, a mudança do conceito fee per service para o da saúde baseada em resultados, maior ênfase na atenção primária e interoperabilidade das informações clínicas dos pacientes para poder fornecer uma tratamento mais rápido, eficiente e sobretudo com uma melhor experiência. 

Com a chegada da pandemia, o mundo precisou ligar o sistema de alerta e todos foram obrigados a acelerar o que ainda caminhava em passos tímidos e impor mais agilidade nas ações que farão toda a diferença.  

2) Telemedicina 

A telemedicina é uma das principais tendências apontadas, oferecendo ao paciente um atendimento em qualquer lugar que ele esteja. E para que seja possível obter os melhores resultados com a telemedicina, as plataformas de receita digital e os marketplaces da área de saúde ganharão ainda mais espaços. Dessa forma, os pacientes conseguirão comprar e receber os medicamentos, mesmo os controlados, em sua residência, sem precisar se deslocar até uma farmácia. Vale a pena destacar que uma pesquisa realizada pelo Gartner afirma que daqui três anos, 40% dos provedores de saúde migrarão 20% dos seus leitos para a casa dos pacientes.  

Isso trará melhores resultados aos tratamentos, diminuindo custos e permitindo que o paciente se sinta mais acomodado possível. O estudo também aponta que até 2025 as plataformas de e-commerce ou marketplace conectarão 20% de todos os consumidores, os planos de saúde e hospitais, oferecendo ainda mais facilidade e agilidade para que os pacientes possam realizar os tratamentos.   

3) Inteligência Artificial  

Este é outro ponto importante que vale a pena destacar. A IA já é responsável por apoiar os profissionais de saúde na detecção mais rápida das doenças, no apoio aos diagnósticos e na construção de políticas públicas de saúde. Os algoritmos também se desenvolveram a passos largos, com aplicabilidade em diversos ramos da medicina, sobretudo no apoio aos diagnósticos e definições de tratamento. Através das análises preditivas, é possível detectar riscos e conseguir informações fidedignas para a elaboração de protocolos clínicos e construção de políticas públicas de saúde. 

4) Interoperabilidade 

Outra grande preocupação dos grandes grupos privados, bem como dos gestores públicos de saúde é a questão da interoperabilidade dos dados clínicos dos pacientes. Os sistemas tradicionais de registros não conseguem acompanhar as mudanças de escala, ritmo e complexidade das informações geradas durante todo o atendimento médico. E uma das grandes carências dos gestores da área da saúde é a capacidade de acessar, integrar e gerir dados oriundos de vários sistemas, dispositivos e aplicativos de forma coordenada e padronizada. As ferramentas de interoperabilidade fazem com que as informações se conectem de forma inteligente e vincula os dados para dar sentido a eles, fazendo uma orquestração entre diferentes aplicações dentro e foram das fronteiras das instituições.  

Além disso, a interoperabilidade permite que os dados clínicos dos cidadãos fiquem armazenados em um repositórios de dados – datalake – permitindo uma fluidez e confiabilidade dos dados. Com isso é possível que os profissionais da saúde consigam consultar esses dados de qualquer lugar ou dispositivo.  

Para ao gestores públicos de saúde, a interoperabilidade dos dados clínicos dos cidadãos é essencial para a construção de políticas públicas mais eficientes e humanizadas. Caso uma pessoa que more em São Paulo, fique doente em Recife, e vai até uma UBS local, o médico consegue ter o acesso ao prontuário com todo o histórico de saúde do paciente, incluindo exames e alergias. Com isso, o atendimento será muito mais rápido e completo.  

5) Plataforma nativas em nuvem  

As plataformas nativas em nuvem usam a elasticidade e a escalabilidade principais da computação em nuvem para entregar um tempo de retorno mais rápido. Eles reduzem a dependência de infraestrutura, liberando tempo para focar nas funcionalidades dos sistemas, além de permitir uma interface muito mais amigável para os médicos e enfermeiros.  

Com o uso de sistema na nuvem, os hospitais não precisam mais contar com uma grande equipe de TI para administrar seus sistemas, nem tampouco arcar com os altos custos de servidores, banco de dados e toda a governança de TI. Dessa forma, os gestores podem focar mais energia e tempo para cuidar do que realmente interessa, que é a saúde e o bem-estar dos pacientes.  

Segundo a executiva da DGS Brasil, entre todas as tendências apontadas para a área da saúde, a que deve ser a mais importante, e que trará impactos duradouros, será o foco na atenção primária e no acompanhamento eficaz das doenças crônicas. 

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que o conceito de atenção primaria é uma abordagem de saúde de toda a sociedade que visa garantir o mais alto nível possível de saúde e bem-estar e sua distribuição equitativa, concentrando-se nas necessidades das pessoas e o mais cedo possível ao longo do contínuo cuidado. Por isso, quando bem implementada e apoiada pela tecnologia, a atenção primaria oferece diagnósticos mais rápidos, tratamentos mais efetivos e com um custo muito menor, isso fará com que todo o ecossistema de saúde seja muito mais sustentável”, finaliza Martinelli.  

Redação

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