Em 7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde, criado em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre os diversos fatores que interferem na qualidade de vida dos indivíduos.
Um dos públicos que mais têm sentido impactos na saúde física e mental ao longo dos últimos anos, principalmente com a pandemia, é o das cuidadoras e cuidadores. Quando o recorte é especificamente entre aqueles que não são profissionais, mas se dedicam a cuidar de alguém por laços de afeto, identifica-se o acúmulo de funções e, via de regra, uma falta de atenção aos próprios limites com vistas ao bem-estar do parente, em geral acamado e em situação de maior vulnerabilidade.
Silvana Aparecida Rocha, a Sil, 39, moradora de Baependi (MG), é cuidadora familiar há pelo menos cinco anos. Seu pai, Mamede, 71, obteve o diagnóstico de Alzheimer em 2017, após anos de idas e vindas a diversos médicos que analisavam seu caso e não conseguiam chegar a uma conclusão sobre o quadro que ele apresentava. “Como ele era novo, até encontrar um médico que fechasse o diagnóstico, foi uma luta”, lembra.
Sil trabalha em uma cantina escolar e começa o expediente muito cedo. Ela recorda a época antes do tratamento, em que o pai teve episódios de insônia e confusão durante a madrugada, que a mantiveram alerta a noite toda, indo trabalhar sem dormir por algumas vezes.
Com o diagnóstico e a experiência acumulada ao longo do tempo, Sil e a mãe, Eliana, foram adaptando o dia a dia às necessidades de Mamede. “A rotina de cuidados com meu pai é dividida entre mim e minha mãe. Ela cuida durante a manhã, dá o almoço, e então eu assumo”, explica. Assim, a família se divide buscando não sobrecarregar nem uma, nem outra. “Eu faço com muito amor, assim como ele fazia por mim quando eu era pequena. Mas, realmente, não é fácil”, confessa Sil.
A saúde dos cuidadores
Pesquisa realizada globalmente pela Embracing Carers com cuidadores não remunerados, cujo recorte no país foi denominado “Bem-estar do cuidador na pandemia – Brasil”, corrobora com o que Sil diz, e demonstra que com a pandemia a situação ficou ainda mais crítica. Os dados colhidos mostram que os cuidadores brasileiros estão se sentindo particularmente cansados e apresentando níveis de esgotamento sem precedentes.
Entre os ouvidos, 46% disseram que a(s) pessoa(s) que eles cuidam estão contando com eles mais do que nunca e 83% afirmaram que cuidar de alguém durante a pandemia os levou a um maior esgotamento do que em qualquer outro momento anterior. Sil concorda com esses índices. Em dado momento da pandemia, mesmo tomando todos os cuidados, sua mãe pegou Covid. “Ela ficou isolada, mas dentro de casa, e eu passei a cuidar dos dois”, diz. Na ocasião, o pai teve suspeita de Covid, ficou internado durante cinco dias, até que o resultado saiu, negativo, para alívio de toda a família.
Ainda segundo a pesquisa, as principais responsabilidades dos cuidadores não remunerados no Brasil incluem oferecer apoio emocional e gerenciar consultas médicas das pessoas sob seus cuidados.
Curso gratuito e online para cuidadores
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São 11 videoaulas, com aproximadamente 30 minutos cada, totalizando seis horas de conteúdos ministrados por médicos, fisioterapeutas, enfermeiras e psicólogas, entre outros profissionais da área especialistas no atendimento e cuidado a pessoas da terceira idade.
Ao final do curso, é emitido um certificado de participação. Para se inscrever basta acessar este link, preencher com os dados e começar.