Hospital São Vicente tem menor índice de reinternação dos últimos cinco anos

Por meio de diversas ações, índices de reintenção do HSV são menores que média nacional

O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), De Jundiaí (SP), reduziu o seu índice de reinternação de pacientes a 10%. Índice abaixo da média nacional aceitável, que é de 20% definida pelo Ministério da Saúde, o que – mais uma vez – eleva o patamar da assistência ofertada pelo hospital a níveis compatíveis com as melhores instituições de saúde do Brasil. É o menor índice de reinternação dos últimos cinco anos do HSV. A instituição é referenciada para oncologia, cardiologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia e urgência e emergência.

A taxa de reinternação é definida como aquela em que o paciente volta ao hospital em até 30 dias após sua primeira internação. O superintendente do HSV, Matheus Gomes, explica que este índice é um importante indicador de qualidade. “Reflete diretamente os cuidados com o paciente antes, durante e depois de sua alta. Isso também envolve o empenho da assistência à saúde em geral, ofertado no município, por isso é um trabalho em conjunto”, enfatiza. “A efetividade também depende da disponibilidade de medicamentos, do acesso à informação, da estrutura familiar e da adesão às orientações médicas”.

Para viabilizar este cenário, o HSV tem investido em uma série de ações. “Dentre outros fatores, implementamos ferramentas de gestão como o Huddle, que consiste em três reuniões diárias, rápidas, com equipes multidisciplinares que tomam as decisões mais assertivas para o quadro de cada paciente; implementamos o monitoramento dos pacientes em casos de reinternação; criamos o programa Alta Responsável que visa o encaminhamento dos pacientes pós alta para acompanhamento em unidades referenciadas de saúde, a fim de garantir a efetividade do tratamento recebido durante a internação; o suporte dado pela equipe de Internação Domiciliar, em casos que possibilitam a conclusão do tratamento no próprio lar; temos investido no conhecimento do perfil da população atendida pelo hospital, por meio de pesquisas de satisfação e estatísticas, tendo impacto direto na assertividade da assistência”, elenca Matheus.

Todos estes esforços beneficiam não somente o paciente que se recupera, mas a comunidade de forma geral. “A gestão eficiente dos leitos possibilita a realização de mais cirurgias, de um maior giro de leitos, média de permanência adequada a cada diagnóstico, taxas de ocupação dentro das metas do hospital e otimização dos recursos, tudo isso sem comprometer a segurança, a qualidade da assistência e a humanização”, completa.

A supervisora do departamento de Psicologia do HSV, Caroline Alves, explica que, do ponto de vista emocional a internação é um fator de desconforto para o paciente. “Por melhor que sejam as instalações – como nos casos dos quartos revitalizados no hospital; pela melhora do quadro clínico devido à eficiência assistencial; pelos cuidados com nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e outras especialidades, estar no hospital não é algo desejado e causa estresse”, explica. “Por isso, há todo um esforço contínuo não só no sentido de curar ou propiciar uma melhor qualidade de vida – dependendo do diagnóstico que trouxe o paciente até aqui, mas também no sentido de evitar sequelas que exijam uma nova passagem”.

Além do conhecimento prático, o argumento de Caroline tem respaldo em um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), que constatou que 40% das readmissões são geradas por motivo diferente da primeira. Porém, possuem relação com o período passado em um hospital. Dentre as razões, estão: perda de peso, porque os pacientes deixam de se alimentar como e quando querem; perda muscular rápida, por conta da limitação de movimentos; dificuldade do sono devido às interrupções constantes de luzes e sons desconfortáveis.

É com esse olhar individualizado, baseado na dignidade e respeito que as instituições de saúde, assim como o HSV, se preparam para cuidar da saúde, tendo a ciência e a medicina como base de um trabalho que precisa ser também estratégico, eficiente e com novos desafios.

Redação

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