A presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Katia Ramos Moreira Leite, participou na quarta-feira (25) da Semana Nacional de Combate ao Câncer, promovida pela Comissão Especial dedicada ao tema da Câmara dos Deputados. Em seu discurso, reivindicou mais reconhecimento do poder público, dos órgãos de saúde e da própria população para a importância do médico patologista como profissional capaz de traçar um diagnóstico preciso de cada doença e, a partir daí, oferecer o tratamento mais confiável. “Na Oncologia, a Patologia é o começo de qualquer jornada”, afirmou.
A presidente da SBP também chamou atenção para a falta de patologistas no sistema nacional de saúde. No Brasil, a estatística corresponde a apenas 1,5 médico para cada 100 mil habitantes. Em um cenário ideal, explicou, deveriam ser pelo menos 6 para cada 100 pessoas. Outro impasse é a idade média dos profissionais, que já passa de 55 anos. “Estamos sobrecarregados e não temos substitutos”.
Para o tratamento do câncer, a médica destacou também a importância do companion diagnostics, um teste para fornecer informações para o uso seguro e eficaz de um tratamento. “É um passo indispensável para que o paciente se torne elegível para as drogas e terapias alvo, e quem faz isso é o patologista”, ressaltou Katia Moreira Leite, que também é professora e pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).