Apesar dos avanços da medicina e dos recursos tecnológicos disponibilizados em cirurgias da coluna, a avaliação prévia do quadro de saúde do paciente deve ser considerada diante da decisão de uma intervenção cirúrgica.
Nesta circunstância, diversas doenças podem exigir análise mais detalhada do neurocirurgião, tais como as cardiopatias, as pneumopatias, alergias graves e doenças hematológicas, entre outras, que devem ser avaliadas para que não haja risco para o paciente.
Normalmente, cirurgias maiores, exigem atenção especial para as doenças do coração devido a perda considerável de sangue. Nestes casos, o cardiologista responde uma avaliação de risco cirúrgico e indica o preparo adequado para cada paciente. No entanto, situações adversas também podem ocorrer e o especialista pode não recomendar a realização da cirurgia, dependendo da gravidade da cardiopatia.
“Nesses casos, precisamos pensar em alternativas para aliviar o sofrimento do paciente de forma minimamente invasiva, oferecendo um procedimento que possa ser realizado com segurança”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva.
A endoscopia de coluna é um tratamento cirúrgico indicado para pacientes com comorbidades, incluindo as cardiopatias, isso porque o procedimento é rápido, a perda sanguínea é irrisória, e rapidamente o paciente retoma suas atividades e o uso de medicamentos habituais.
Antes da cirurgia, o paciente deve ter acompanhamento médico e, muitas vezes, isso inclui interromper alguns medicamentos de uso diário. “Uma situação usual em pacientes cardiopatas é o uso de medicamentos que “afinam o sangue”. Os antiagregantes plaquetários como AAS e clopidogrel, geralmente, podem ser suspensos alguns dias antes do procedimento sem risco elevado, no entanto, os pacientes que necessitam de anticoagulantes como o Marevam, Xarelto e outros, precisam de um preparo mais cauteloso antes da cirurgia”, explica o Dr. Amato.
No pós-cirúrgico, a reintrodução dos medicamentos também deve ser feita com cuidado para que o paciente fique novamente protegido pela anticoagulação e não apresente sangramentos por causa da cirurgia.