No início de junho foi confirmado o primeiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) no Brasil. Desde então, 17 casos da doença já foram identificados. Para evitar novas contaminações, processos de segurança precisam ser adotados nos hospitais e reforçados juntos aos profissionais de saúde. Pensando nisso, o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP) ressalta algumas recomendações para o controle da doença.
Para os serviços de saúde, a indicação é que seja implementado um Plano de Contingência com ações estratégicas para enfrentamento de possíveis novos casos de Monkeypox. Além disso, é recomendado que a vigilância seja estruturada e atue, preferencialmente, em conjunto com o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). É importante também manter um bom fluxo de comunicação, inserir e treinar protocolos e identificar possíveis pontos de melhoria contínua.
Conforme o diretor-executivo do IBSP e médico infectologista, Dr. José Branco, em caso de suspeita de contaminação, os cuidados recomendados são aqueles “universais”. Isto é: isolamento e uso de equipamentos de segurança, como máscaras, gorros e aventais. Além disso, é necessário que seja realizada uma quarentena de 21 dias. O especialista reforçou que, apesar do medo em torno da disseminação da doença, os profissionais da saúde têm duas vantagens no combate à varíola dos macacos.
“Nós já sabemos sobre o mecanismo de transmissão e o que precisa ser feito. Uma outra vantagem é que, desde 2019, já temos uma vacina para ela. Nos países onde há maior número de casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já está liberando o imunizante, principalmente para os profissionais de saúde”, explicou o Dr. Branco.
Por outro lado, o infectologista informou que, apesar de a doença comumente se apresentar de forma branda, ainda não se sabe como ela se comporta em pacientes imunodebilitados, como aqueles com Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids), câncer, entre outros.