Com o objetivo de apoiar o uso de práticas essenciais de cuidados maternos e perinatais, o Hospital Estadual da Mulher (Hemu) promoveu, de 27 a 30 de junho, capacitação para a equipe multiprofissional da assistência. Com o tema “Atualização e importância do preenchimento do Checklist Nascimento Seguro”, a ação faz parte do programa da Educação Continuada.
A capacitação foi ministrada pela enfermeira Lilian Fernandes – coordenadora do Núcleo da Segurança do Paciente (NSP) e especialista em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, pela Fiocruz/MS. A profissional orientou a todos sobre o tema proposto. Ela destacou que o checklist facilita a execução das tarefas uma vez que o profissional tem a possibilidade de realizar uma verificação e conferência dos cuidados a serem realizados diminuindo as chances de erros e negligência.
A referência do protocolo implantado no Hemu, em 2019, é o checklist do parto seguro da Organização Mundial de Saúde (OMS), concebido como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos cuidados dispensados às mulheres que dão à luz. De acordo com a OMS, dos 130 milhões de nascimentos que ocorrem todos os anos, cerca de 303 mil resultam na morte da mãe, 2,6 milhões são natimortos e outros em 2,7 milhões de crianças que morrem nos primeiros 28 dias após o nascimento
Com o checklist estes números tendem a cair, visto que aborda as principais causas dos óbitos maternos como hemorragias, infecções, parto obstruído e hipertensão arterial, bem como dos bebês nascidos mortos relacionados com complicações perinatais (cuidados inadequados antes do nascimento) e mortes neonatais (asfixia no parto, infecções e complicações relacionadas com a prematuridade do parto).
Na oportunidade, foram distribuídos folders explicativos sobre a importância do preenchimento do checklist Nascimento Seguro. O material, elaborado pela equipe da Residência de Enfermagem Obstétrica, alerta que toda a equipe multiprofissional é responsável pelo preenchimento do checklist, sendo alguns campos específicos de determinada especialização, portanto todos devem ter um olhar atento. O folder também destaca que a lista de verificação é constituída por práticas baseadas em evidências e organizada em diferentes momentos: – admissão; – antes do nascimento (pré-parto); – no Centro Cirúrgico (antes da anestesia e após o procedimento); – após o nascimento (no espaço de 1 hora); – antes da liberação da sala de recuperação pós-anestésica e antes da alta.
A enfermeira Lilian Maria Fernandes explica que o treinamento na unidade é contínuo. “Buscamos capacitar todos os profissionais envolvidos, assegurando a adesão e comprometimento com esse protocolo tão importante, a fim de reduzir as taxas de morte materna e neonatal. É uma forma de garantir que o protocolo esteja sendo cumprido por toda nossa equipe, desde o momento em que a gestante é admitida no hospital até o momento de sua alta e do recém-nascido, oferecendo um atendimento melhor e mais seguro”, finalizou.