A fadiga tem feito parte da vida de pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla. Apesar da causa deste sintoma nos pacientes ainda ser desconhecida, os especialistas acreditam que pode estar relacionada com o processo inflamatório da doença. Segundo o Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (BCTRIMS), foi constatado que cerca de 80% dos pacientes apresentam fadiga ao ter uma evolução do quadro.
A fadiga é caracterizada por uma exaustão tanto física quanto mental causando uma sensação de “falta de bateria”. Esse sintoma pode aparecer a qualquer momento e podem dificultar a vida dos pacientes para completar tarefas simples do dia a dia.
Mesmo não sabendo a causa exata do aparecimento deste sintoma em portadores da EM, segundo o neurologista e presidente do BCTRIMS, Dr. Jefferson Becker, é preciso ficar atento. “A fadiga está relacionada diretamente com a evolução do quadro de alguns pacientes, é um efeito da doença e não tem relação com o tratamento, mas foi constatado que, em alguns casos, continuar com tratamentos mais antigos podem agravar o quadro”, comenta o especialista.
Ainda que não exista um tratamento específico para a fadiga, alguns medicamentos podem ajudar a controlar as manifestações da doença. “Há alguns tratamentos por meio de medicamentos que ajudam a reduzir a fadiga e intercalados com atividades físicas, como, por exemplo, exercícios aeróbicos e ioga, podem ser um dos grandes aliados para que o paciente consiga controlar a fadiga e seguir sua rotina com mais facilidade,” conclui o especialista.
De acordo com o BCTRIMS, a fadiga é um sintoma difícil de lidar, já que pode afetar as atividades do dia a dia ou o desempenho no trabalho, por exemplo. Por isso, o indicado é procurar atendimento médico para regular o sintoma e conseguir levar a vida normalmente.