A tecnologia vem transformando a área da saúde e impactando, de forma positiva, esse mercado, incluindo o modelo de atendimento dos hospitais. A virada de chave, provocada pela transformação digital, está nos modelos preventivos, com maior controle de performance nos cuidados com os pacientes.
“O foco está em antecipar riscos à saúde, evitar que as pessoas fiquem doentes a partir de uma mudança comportamental e, especialmente, prover um maior alcance do cuidado, ou seja, democratizar a saúde a ponto de proporcionar mais qualidade de vida para um número maior de pessoas, não importando onde vivem ou estejam”, afirma Bruna Souza, estrategista digital da vertical de saúde do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios.
Nesse sentido, Bruna afirma que o hospital do futuro, ou hospital digital, irá muito além de trabalhar o assistencial e de remediar. “Para que essas mudanças aconteçam, é necessário implementar modelos mais inteligentes, eficientes e, principalmente, mais escaláveis, diferentemente do que vemos nos modelos de saúde tradicionais. Esse é o momento, portanto, de se buscar uma boa interoperabilidade de dados, automatização de processos, decisões baseadas em dados, implantação de tecnologias e tudo que proporcione uma experiência centrada no paciente”, aponta.
Pensando nisso, a especialista elenca três grandes tendências trazidas pelos hospitais do futuro, que beneficiam tanto pacientes quanto profissionais. Confira:
1 – Hospital-at-Home
Nesse conceito, a tecnologia é aplicada diretamente na casa do paciente. Como exemplos práticos, temos o monitoramento de sinais vitais por meio de wearables (IoMT), assistência por telemedicina para conversas da equipe médica com pacientes e seus familiares, sistemas de alarme e câmeras móveis.
“É a transcendência do cuidado físico. Leva-se o cuidado e a saúde para onde quer que as pessoas estejam, inclusive em casa. Com isso, também ressignificamos o valor dos leitos hospitalares, pois transformamos a casa dos pacientes em leitos de baixa complexidade”, explica Bruna.
2 – Robôs autônomos
A automatização completa dos sistemas de pedidos de suprimentos e rastreamentos otimizam esse processo. “Os robôs autônomos recebem e preenchem pedidos de suprimentos médicos 24 horas por dia, o que diminui o tempo de execução desse serviço e libera os profissionais para dedicarem mais tempo aos pacientes”, pontua a especialista.
3 – Alta interoperabilidade
A interoperabilidade é a capacidade de comunicação entre diferentes sistemas, para que trabalhem de forma integrada, agregando e processando informações de diferentes fontes. Nos hospitais digitais, a alta interoperabilidade eleva a experiência do paciente e otimiza a rotina dos profissionais de saúde. Um exemplo prático disso são os sistemas personalizados de leitos, para empoderamento do paciente, que passa a ter flexibilidade para mudar a temperatura da sala, se comunicar com médicos e enfermeiros, acessar seu histórico de saúde, entre outras ações.
“As tecnologias do hospital também ficam 100% integradas, facilitando o acesso a dados, para que sejam usados a qualquer momento. Ao ter todo o histórico de saúde do paciente acessível em um só lugar, desde exames, sinais vitais, alimentação, vacinas e comportamento, os provedores de saúde conseguem ter uma visão 360º de toda a situação e conseguem oferecer um diagnóstico e um cuidado mais assertivos”, finaliza a estrategista da FCamara.
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