Um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher é a hora do parto. Garantir uma assistência adequada e digna é o objetivo de toda a equipe assistencial do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL)/IGH. No intuito de aperfeiçoar a assistência às pacientes em trabalho de parto, a unidade passou a contar, a partir de quarta-feira (21), com uma equipe de enfermeiras obstétricas para auxiliar no manejo das pacientes em trabalhos de parto, no pré-parto e centro cirúrgico.
Segundo o diretor técnico, Denes de Oliveira, a enfermagem com foco na saúde da mulher vem fazendo a diferença, nos hospitais que já adotaram essa conduta. “As equipes médica e de enfermagem obstétrica vão trabalhar em conjunto, de forma complementar e colaborativa. A enfermagem obstétrica poderá realizar partos no centro cirúrgico, desde que esteja dentro de seu protocolo de risco, que é o trabalho de parto fisiológico”, afirmou o diretor.
Em alguns países da Europa são os enfermeiros Obstetras que atendem a maioria dos partos; no entanto, no Brasil ainda não são todas as gestantes que contam com essas profissionais. Vale lembrar que o enfermeiro obstetra tem a formação necessária para atender a gestante de baixo risco ou risco habitual. É uma assistência voltada para a parte técnica e psicológica da mulher grávida. Por isso, o cuidado desses profissionais repercute na redução da ansiedade da parturiente, proporcionando-lhes mais conforto, segurança e humanização.
A atuação da enfermagem obstétrica no cenário do parto de risco habitual não exclui o médico da assistência, mas otimiza a assistência do profissional médico para os cenários onde essa assistência especializada se faz necessária.
Para a gerente de Enfermagem, Maria do Socorro de Lima, isso foi uma conquista muito boa. “A presença desses profissionais vai acrescentar muito em nossos atendimentos e contribuir para uma assistência mais humanizada”, destacou a gerente.
Humanização
A humanização do parto é uma das diferentes ações que integram a Política Nacional da Humanização (PNH), desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cuja ideia é o atendimento humanizado aos usuários do Sistema Único de Saúde, reduzindo as taxas de cesáreas e de mortalidade materna, e garantir maior participação da parturiente nas decisões sobre sua saúde, assegurando, assim, o máximo bem-estar da mulher e do bebê.
A enfermagem obstétrica tem um papel muito importante durante o nascimento, construindo uma assistência humana e de qualidade, gerando modificações significativas no cuidado ao parto. A presença desse profissional durante o parto, estabelece a implementação de um atendimento livre de intercorrências consideradas irrelevantes, o que proporciona uma maior independência da mulher relacionada ao parto e colabora para o fortalecimento de um parto mais humanizado.