O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, de São José do Rio Preto (SP), e o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD), desenvolveram o projeto “Emprego Apoiado”. A iniciativa tem como objetivo principal preparar e capacitar pacientes em reabilitação para o mercado de trabalho. Atualmente, são oferecidos cursos de informática, costura e, em breve, artes, telemarketing e marcenaria.
Segundo a diretora do Lucy Montoro, Dra. Regina Chueire, a instituição recebe muitas pessoas que passaram a ter deficiência durante a vida, seja por acidente ou por doença, ou nasceram com limitações. “Esses pacientes precisam de todo um processo de readaptação para o mercado de trabalho, a partir condições que tem. Daí a importância deste projeto, pois verificamos a necessidade de cada paciente e o treinamos para que a integração seja mais tranquila”, afirma a médica.
A paciente Joana Azevedo Pereira, de 21 anos, participou do curso de informática e foi efetivada para trabalhar em um hipermercado. “Este projeto é muito bom, principalmente para nós, que temos deficiência intelectual. Graças a esta inciativa consegui ingressar no mercado de tralhado. Durante o curso aprendi desde noções básicas até a parte e software. Também tive auxílio no curso de digitação, e foi de grande importância, pois tinha muita dificuldade”, afirma.
Joana também destaca que, além da contribuição na formação profissional, o programa também auxiliara diretamente na formação acadêmica. “Estou cursando psicologia, preciso fazer muitos trabalhos e, graças ao curso de digitação, vou conseguir otimizar meu tempo no desenvolvido destas pesquisas”, explica a paciente.
Sueli Aparecida Pereira, mãe de Joana, ressalta a importância do programa. “O “Emprego Apoiado” é o sonho de quem tem e vive a questão da inclusão na família. Graças a esta iniciativa, minha filha ingressou no mercado do trabalho. Sou muito grata aos profissionais do Lucy que sempre tratam minha filha com muito carinho. A sociedade hoje tem uma visão diferente e trabalha a inclusão, mas ainda não são todas as empresas que pensam assim. As que abrem as portas precisam entender que esses profissionais precisam de apoio, não só operacional, mas também o emocional”, afirma.
O acesso à informática faz parte do dia a dia de qualquer pessoa e o foco do programa, desenvolvido pelo Instituto Lucy Montoro, é deixar o paciente apto para o mercado. “Nosso objetivo é apresentar as principais ferramentas de trabalho, que auxiliarão nas tarefas do dia a dia. É muito importante que nossos alunos estarem familiarizados com programas e sistemas. E nosso diferencial é que cada equipamento tem suas adaptações necessárias para o uso de cada aluno”, destaca a instrutora de informática, Cinthia Brito.