Estudo revisa mais de 600 publicações científicas dos últimos anos sobre combate à obesidade

A The Lancet, a mais importante revista médica, solicitou uma revisão que contempla os estudos dos últimos anos e que promete se transformar em um guia para todos os profissionais que atuam no tratamento da obesidade. A revisão conta com a participação do Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos coautores do material.

São avaliadas as opções de tratamento disponíveis hoje e que serão inseridas no mercado nos próximos anos, entre mais de 20 tipos de drogas antiobesidade (medicações), abordagens genéticas (como diagnóstico e escolha da melhor terapêutica) e as diferentes opções cirúrgicas utilizadas no combate à obesidade.

Foram avaliadas centenas de publicações de alto nível de evidência com relevância e impacto na área. A originalidade e data de publicação, com análise de dados de pacientes com obesidade e períodos mais longos de observação. Além disso, foram selecionados estudos randomizados e controlados, estudos de caso-controle prospectivos, meta-análises e revisões sistemáticas publicados nos mais importantes periódicos de medicina. Ademais, a revisão sugere avaliações e tratamentos individualizados, considerando os benefícios, taxas de complicações, custos, comorbidades e qualidade de vida dos pacientes portadores de obesidade.

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade, divulgado em 2022 é esperado que o Brasil viva com 29,7% da população adulta com obesidade até 2030. Deste total, 33,2% serão mulheres e 25,8% serão homens. No cenário mundial, o número é ainda mais impactante: estima-se que mais de um bilhão de pessoas adultas apresentará algum grau de obesidade nos próximos oito anos, o que representa 17,5% da população global. Atualmente a obesidade é considerada a maior pandemia do século XXI.

“O mundo vive uma grande epidemia de obesidade que precisa ser tratada de forma adequada. O grande objetivo desta importante publicação é auxiliar os profissionais de saúde a escolher o tratamento mais adequado para cada indivíduo. O tratamento desta doença crônica e progressiva, é multimodal. Este artigo é um guia que ajuda na escolha da melhor opção, seja ela medicamentosa, cirúrgica ou até mesmo associando a cirurgia com farmacoterapia”, afirma o Dr. Cohen.

Redação

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