Munidas com agulhas de crochê e muita vontade de aprender, colaboradoras do Hospital Santa Teresa encararam o desafio de produzir polvos com a famosa técnica de trançar bichinhos de pelúcia. A oficina de Amigurumi, ministrada pela coordenadora de enfermagem, Gabriela Fecher, que iniciou com o objetivo ser uma ferramenta de saúde mental, também está levando aconchego para os bebês da UTI Neonatal.
“A técnica do Amigurumi foi um desafio para mim, porque não me via fazendo trabalhos manuais e delicados. Com o tempo, passei a gostar tanto e percebi ganhos importantes para a concentração. Acabei encantada com o fato de colocarmos nossa energia nos bichinhos que serão um presente para alguém, que é o conceito original da técnica”, explicou Gabriela que decidiu compartilhar seu conhecimento e já formou a primeira turma da oficina.
“Eu amei participar e me surpreendi. Imaginei que não iria conseguir aprender, mas aprendi! O que mais me deixou feliz, foi decidir que irei presentear as pessoas com esse trabalho lindo e rico em simbologia. Me sinto especial por fazer algo para alguém com minhas próprias mãos e que a pessoa nunca mais vai esquecer, nem eu. Além disso, a técnica me relaxa e me distrai”, contou a tecnóloga do Ambiente, Tâmara Maciel.
Inspirado no projeto criado em 2013 na Dinamarca, os polvos produzidos em crochê pelas colaboradoras foram doados para os prematuros que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva. A presença do bichinho acalma os bebês enquanto estão na incubadora porque seus tentáculos lembram o útero materno e se assemelham ao cordão umbilical.
A técnica do Amigurumi tem origem japonesa e, segundo a tradição, acredita-se que os bichinhos tenham uma “alma” que proporcionaria proteção e consolo para o seu dono.