A inteligência artificial já está sendo utilizada em diversos segmentos e pode levar inúmeros benefícios para a área da saúde. Os avanços da telemedicina já provam que é possível unir a modernidade de novos equipamentos inteligentes com processos médicos para potencializar a qualidade do atendimento aos pacientes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a tecnologia é uma grande promessa para melhorar a prestação de serviço de saúde global e pode ser usada para melhorar a velocidade e precisão de diagnósticos, na triagem de doenças, no atendimento clínico e ser um grande auxílio em pesquisas e desenvolvimentos de medicamentos. De acordo com Gilson Gouvea, Country Delivery Manager da AgileThought, empresa multinacional de soluções tecnológicas voltada para a jornada de transformação digital, é inegável a contribuição das tecnologias para otimizar processos, precisão nas avaliações e nos diagnósticos precoces.
“Já existem vários AIs sendo usados por médicos para fornecer diagnósticos e que também podem ajudar os profissionais da saúde a encontrarem novos tratamentos para doenças de forma mais rápida. Além disso, a tecnologia atua na orientação de pacientes a se manterem saudáveis, com rastreamento de dados de saúde e ao identificar padrões. Máquinas e algoritmos dão respostas racionais e auxiliam profissionais a atender seus pacientes de forma mais assertiva”.
Apesar dos avanços recentes e altos investimentos privados, o seu uso ainda é um desafio e gera muitas dúvidas sobre como essa tecnologia afeta no atendimento e na saúde. O executivo listou alguns recursos que são essenciais para o desenvolvimento do setor de saúde no mundo:
- Imagens médica diagnósticas
A tecnologia tem o potencial de ajudar em todas as etapas do processo de diagnóstico e pode ajudar os médicos a detectar sinais de alerta precoces, diagnosticar doenças com mais precisão e ajudar a encontrar novos tratamentos para doenças que não conheciam antes.
Isso porque ela reúne e compara uma infinidade de imagens, construindo bancos de dados completos para dar suporte no diagnóstico. A tecnologia já está sendo muito usada em pesquisa de doenças como Alzheimer e Parkinson, por exemplo, identificando padrões de grandes quantidades de dados coletados de pacientes ao longo do tempo – incluindo informações visuais, como exames de ressonância magnética e raios-x.
- Pesquisa biomédica
Existem muitas maneiras pelas quais a IA pode ser usada para analisar dados de pesquisa biomédica, a mais comum é encontrar padrões nos dados existentes. Por exemplo, ela pode examinar um conjunto de dados e identificar correlações entre diferentes tipos de informações, idade e sexo com fatores de risco para diabetes tipo 2 ou taxas de resposta a medicamentos entre pacientes que tomam certos medicamentos.
Outro uso para a inteligência artificial na pesquisa biomédica é encontrar correlações entre diferentes tipos de dados que os humanos não podem ver facilmente porque exigem algoritmos complexos ou modelos de aprendizado difíceis de serem decifrados.
- Apoio à Decisão Clínica
Uma das maneiras mais óbvias pelas quais a IA pode ajudar os profissionais de saúde é oferecer suporte à decisão clínica. Seja desde ajudar os médicos a fazer diagnósticos e opções de tratamento até fornecer ferramentas de pesquisa para eles. Os sistemas de apoio à decisão clínica são projetados para facilitar o trabalho dos profissionais médicos – e a IA demonstrou ser melhor do que os próprios médicos em algumas tarefas, como diagnosticar pneumonia ou detectar ataques cardíacos em radiografias de tórax.
Vale lembrar que é importante que os pacientes entendam o que está acontecendo durante o seu tratamento: se não entenderem porque precisam de cirurgia, por exemplo, podem não prosseguir. Estudos realizados por principais players do setor mostraram que os pacientes que receberam uma explicação junto com o diagnóstico eram mais propensos a seguir qualquer tratamento prescrito após a cirurgia do que aqueles que não foram informados (ou apenas receberam o diagnóstico).