O setor de hospitais e laboratórios de análises clínicas no Brasil iniciou o ano com um desempenho marcante no mercado de fusões e aquisições. De acordo com a pesquisa trimestral da KPMG, a indústria registrou um crescimento de 80% no número de operações (9) em comparação ao mesmo período de 2024 (5). Os dados são provenientes do estudo que abrange 43 setores da economia brasileira.
“Esse resultado destaca a continuidade do processo de consolidação do setor, que vem sendo acelerado nos últimos anos e reflete a atração crescente de investidores estratégicos e financeiros. O setor manteve sua trajetória ascendente desde o ano passado e o aumento demonstra que ele não só sustentou os avanços do ano anterior, mas também se beneficiou de novas oportunidades de consolidação e inovação. Esse movimento é impulsionado por fatores como a digitalização dos serviços de saúde, aplicação da inteligência artificial, o crescimento das clínicas populares e uma crescente demanda por soluções mais integradas e eficientes”, destaca o sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, Jean Paraskevopoulos.
Com relação ao tipo de operação realizada no setor de hospitais e laboratórios de análises clínicas, das cinco concretizadas no primeiro semestre deste ano, quatro foram domésticas, ou seja, realizadas entre empresas brasileiras, enquanto uma envolveu empresas não brasileiras adquirindo capital de companhia estabelecida no país (tipo CB1).
Cenário brasileiro: fusões e aquisições registraram queda de 6% no primeiro tri
As empresas brasileiras realizaram 330 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, segundo uma pesquisa da KPMG. Trata-se de uma leve queda de 6% se compararmos com o mesmo período do ano passado quando foram fechados 350 negócios no país. O estudo é feito trimestralmente com 43 setores da economia.
“O levantamento da KPMG mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável. Isso se deve a alguns fatores, principalmente, questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.