O Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, tem por objetivo conscientizar a população sobre os vários tipos de câncer, seus fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce, considerado um dos caminhos para a cura. No Brasil, a cada ano, são registrados, em média, 590 mil novos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A boa notícia é que, nos últimos anos, os tratamentos estão sendo mais eficientes. Além da prevenção e do diagnóstico precoce, há avanços também no tratamento. Como resultado, as chances de cura vêm crescendo nos últimos anos. De acordo com o oncologista Dr. Rodrigo Munhoz, do Hospital Sírio-Libanês, “estudos feitos no Reino Unido mostram que as chances de cura do câncer aumentaram de forma importante nos últimos 40 anos”. Ele completa: “Nos EUA, a mortalidade por câncer caiu mais de 10% somente na última década”.
As chances de cura, porém, não são uniformes – elas dependem do tipo de câncer, do momento do diagnóstico e do tratamento aplicado, alerta o médico. Elas são maiores em fases iniciais da doença e quando o tratamento é realizado de forma adequada e oportuna. Daí a importância dos avanços na prevenção. Iniciativas que buscam a conscientização e mudança de comportamento, como políticas antitabagismo e campanhas de cuidado com a exposição à luz solar, são muito bem-vindas. Da mesma forma, a incorporação de vacinação contra o HPV é uma medida fundamental na luta contra um câncer de colo uterino e que pode ter também um impacto na redução de outros tipos de tumor.
Entretanto, ainda que o diagnóstico seja feito em fases mais avançadas, novos tratamentos vêm mudando o dia a dia de médicos e pacientes. Um exemplo disso é a incorporação da imunoterapia: uma forma de tratamento que sofreu grandes melhorias nos últimos anos e agora representa uma nova arma contra diversos tipos de tumores, incluindo melanoma, pulmão e renal.
No caso específico do melanoma, esses avanços se traduziram não somente em melhores resultados e controle, como também em mais qualidade de vida. “Tanto com o uso da imunoterapia quanto com a terapia-alvo, as chances de os pacientes estarem vivos após mais de 5 anos vem aumentando progressivamente e, muitas vezes, com efeitos colaterais mais brandos do que aqueles que antes víamos com a quimioterapia”, explica o médico.
PET/CT Digital: avanço diagnóstico
A forma de avaliar e detectar o câncer também vem sofrendo modificações. O PET/CT Digital, por exemplo, disponível no Hospital Sírio-Libanês, pioneiro em oferecer este equipamento na América Latina, é um forte aliado para a descoberta de tumores malignos, além de auxiliar na detecção de doenças neurológicas, como Alzheimer. “Esse equipamento é uma grande evolução no uso do PET/CT como ferramenta de diagnóstico”, diz Carlos Buchpiguel, coordenador médico da Medicina Nuclear do Hospital Sírio-Libanês. Este aparelho faz uso da tecnologia de diagnóstico por imagem molecular. Essa modalidade, relativamente nova na área de saúde, envolve uma série de reações entre os elementos de imagem e moléculas-alvo, como enzimas, que quando presentes permitem o diagnóstico mais preciso e, muitas vezes, precoce. Essa conquista faz parte da busca pela inovação constante do Sírio-Libanês, contribuindo para aprimorar o sistema médico-hospitalar e a oferta de assistência à saúde.