O serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho (HAC), de Jaú (SP), completa 3 mil procedimentos realizados desde sua implantação, em 1996. É centro o que mais realiza transplantes de medula óssea no Brasil, e os resultados são comparáveis àqueles observados nos registros internacionais, tanto do ponto de vista de sobrevida quanto de qualidade.
O paciente que receberá uma nova medula nesta quinta-feira (15) tem 39 anos, e o tipo de transplante é o alogênico, com a presença de um doador da própria família. “Chegar aos 3 mil transplantes é uma marca muito importante. Há mais de sete anos somos o centro que mais produz no Brasil. Realizamos em média 240 procedimentos por ano, dos quais 140 são alogênicos – que são os mais complexos e envolvem a presença de doadores. Pelo menos a metade desses conta com doadores alternativos, ou seja, voluntários não aparentados ou doadores familiares 50% compatíveis, por exemplo pai doando para filho ou vice-versa, ou irmão com meia compatibilidade doando para irmão”, explicou o coordenador do serviço de TMO do HAC e presidente da SBTMO (Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea), Vergilio Antonio Rensi Colturato.
Segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), no ano passado, foram realizados nos cerca de 90 centros médicos especializados do Brasil 2.794 transplantes, sendo 1.442 no estado de São Paulo. Somente no Hospital Amaral Carvalho, foram registrados 236 procedimentos, e o segundo serviço em volume realizou 164. Com relação aos transplantes alogênicos, o HAC fez 138, e o segundo do ranking, 81.
A retaguarda social que o HAC oferece aos pacientes transplantados é fundamental. O Amaral dispõe de medicamentos e de casas de apoio aos que são de fora da cidade e que, muitas vezes, ficam mais de 100 dias em Jaú na fase inicial do transplante. A instituição já beneficiou pacientes provenientes de todos os estados brasileiros com transplante de medula. A maioria está viva e em geral desfrutando de boa qualidade de vida.