Câncer não faz Quarentena: campanha reforça a importância de manter tratamento oncológico durante a pandemia

Para reforçar a importância da continuidade do tratamento oncológico e dos diagnósticos durante a pandemia do novo Coronavírus, a Pfizer acaba de lançar a campanha Câncer Não Faz Quarentena, em parceria com a Femama, Instituto Oncoguia e Movimento Todos Juntos Contra o Câncer. O objetivo é estimular que o paciente, a partir das recomendações do seu médico, se sinta encorajado a realizar a manutenção dos cuidados com a saúde nesse período.

Como forma de levar essa mensagem adiante, a campanha conta com a participação da apresentadora Ana Furtado e do ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, que foram convidados a contar suas experiências com o câncer em comerciais veiculados na televisão aberta, em portais de notícias e nas redes sociais. Ambas as personalidades enfrentaram a doença nos últimos anos: Ana teve um tumor na mama e Schmidt, um câncer cerebral.

A iniciativa também conta com o lançamento da página cancernaofazquarentena.com.br, que reúne informações sobre a importância da manutenção do tratamento nesse período, além de perguntas e respostas a respeito dos cuidados de saúde com os pacientes em tempos de Covid-19. O internauta também encontrará no espaço link para três playlists com objetivos diferentes: encorajar, relaxar e dar ânimo. Também integram o material uma série de podcasts na qual a escritora Dona Jacira, mãe do cantor Emicida, conversa com pessoas em momentos de saúde delicados, além de vídeos com mensagens do poeta Bráulio Bessa

“Esperamos conscientizar a população de que a atenção à saúde não deve ser abandada, tanto na investigação de algum sintoma importante ou suspeita, quanto na manutenção dos tratamentos que já estão em andamento. Mesmo em um momento desafiador como o que estamos vivendo, é fundamental não deixar de realizar exames preventivos, como a mamografia, o toque retal e a colonoscopia. Ter informação para tomar decisões é essencial nesse momento”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

Diagnóstico e tratamento durante a pandemia

O câncer é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e a segunda causa de mortes em âmbito global, sendo responsável por um em cada seis óbitos. No Brasil, o cenário também é preocupante: são esperados 450 mil novos casos da doença a cada ano.

Nesse contexto, a interrupção dos tratamentos e dos procedimentos para o diagnóstico do câncer representam uma grande preocupação. Sociedades médicas estimam que o número de cirurgias oncológicas tenha sido reduzido em 70% durante a pandemia e que possa ter ocorrido uma queda de pelo menos 50% no número de biópsias enviadas para análise, dependendo do serviço. A situação não é diferente globalmente. Nos Estados Unidos, um recente relatório da IQVIA a partir de uma pesquisa com médicos indicou um declínio de 44% nos pacientes atendidos por semana.

Recentemente, uma pesquisa on-line realizada pelo Instituto Oncoguia com pacientes oncológicos e familiares apontou que 43% das pessoas em tratamento relataram que sua rotina de cuidados médicos foi impactada pela pandemia. Entre as justificativas dos entrevistados para o cancelamento ou adiamento dos tratamentos, 43% disseram que foi uma decisão do hospital ou clínica por conta de risco de contágio, priorização de pacientes, redução de equipe e impacto na infraestrutura. Já 12% afirmaram que foi uma decisão pessoal e 3% declararam que foi uma escolha compartilhada com o médico.

Em tempos de Covid-19, é importante levar em consideração a recomendação das sociedades médicas para a manutenção da rotina de acompanhamento e da não interrupção do tratamento por conta própria, de modo que médico e paciente determinem juntos a melhor forma de continuar realizando os cuidados, mas com segurança.

“A pandemia é uma situação nova para todo mundo, o que acaba provocando muitas dúvidas em relação à saúde. Essa questão se intensifica quando pensamos em pessoas que já se encontram em tratamento para quadros importantes, como o câncer. Por isso, reunir informações seguras, que ajudem as famílias a lidar melhor com a manutenção dos cuidados de saúde nesse momento, é essencial”, afirma a diretora de comunicação e assuntos corporativos da Pfizer Brasil, Cristiane Santos.

Durante a pandemia do novo Coronavírus, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomenda que, ao visitarem clínicas e hospitais, os pacientes oncológicos sejam acompanhados por uma única pessoa, preferencialmente com menos de 60 anos de idade. Além da atenção às recomendações gerais de prevenção, como o uso de máscaras e a lavagem adequada das mãos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) também sugere que os pacientes permaneçam somente o tempo necessário em clínicas e hospitais e evitem contato físico direto mesmo com médicos ou equipe de saúde.

Para cuidadores ou familiares que moram com pacientes em tratamento de câncer, é recomendado lavar frequentemente as superfícies da casa que são tocadas com mais frequência e o chão próximo à entrada. A higienização de medicamentos antes de serem guardados e a retirada de calçados do lado de fora da porta, assim como o cuidado de deixar bolsa, carteira e chaves próximos à entrada, também são recomendações importantes. Caso algum residente apresente sintomas de gripe, deverá ficar isolado em um cômodo da casa ou buscar uma nova residência para ficar em quarentena.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.