Desde 1998 a cirurgia robótica é utilizada nos Estados Unidos e chegou ao Brasil após dez anos. Com 40 unidades, o robô- cirúrgico é utilizado em procedimentos de alta complexidade em dez estados brasileiros e estima-se que em 2018 sejam realizados dez mil procedimentos no Brasil.
A cirurgia robótica é indicada, principalmente, para o tratamento do câncer, pois permite com maior precisão, a visualização de uma imagem em alta definição, ampliada e em três dimensões (3D) do local a ser tratado. Ao fazer uso de pinças articuladas, o robô guiado pelo médico, realiza uma dissecção cautelosa e minuciosa dos tecidos, que minimiza a ocorrência de hemorragias e ainda potencializa a recuperação do paciente após a cirurgia.
O alto nível de segurança do procedimento e a precisão garantida trazem grandes benefícios aos pacientes como um maior conforto e redução da dor; melhores resultados funcionais; a redução do tempo de hospitalização e internação; e um menor risco de infecção hospitalar.
De acordo com o médico urologista e diretor do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte (MG), Francisco Guerra, em menos de um ano, a instituição ultrapassou os 200 procedimentos realizados, destacando-se como o centro de maior experiência no Estado. O Hospital investe em treinamentos e capacitação de seus profissionais para obter esses resultados de sucesso. “Com a capacitação e o envolvimento de toda equipe multidisciplinar estamos obtendo melhores resultados nos tratamentos de nossos pacientes”, explica.
Com o uso do robô intitulado Da Vinci, o Hospital Felício Rocho em parceria com a Fundação Lucas Machado (Feluma) vem aplicando a técnica cirúrgica desde outubro de 2017, nas seguintes especialidades: cirurgia geral, ginecologia, urologia, oncologia e torácica.
Francisco Guerra, ressalta que diante dos benefícios da tecnologia robótica, o Hospital Felício Rocho projeta um crescimento exponencial no número de procedimentos, com a previsão de realizar mais de 300 cirurgias, ainda este ano.