Hospital Santa Marcelina celebra 4 anos de programa que já tratou 850 pacientes de infarto

O Hospital Santa Marcelina, instituição filantrópica e privada, referência na prestação de serviços de saúde, na Zona Leste de São Paulo, realiza no próximo sábado (15), a partir das 9h, em sua própria instituição, a primeira edição do “Santa Marcelina Salvando Vidas”. O objetivo do evento é celebrar os quatro anos da implementação do programa LATIN no hospital – programa de telemedicina que conecta unidades de saúde e ambulâncias a centros de tratamento distribuídos pela América Latina –, homenagear os mais de 850 pacientes que sofreram infarto e foram tratados pelo programa durante esse período e alertar a população sobre os primeiros sinais e como agir diante de um infarto.

Além da homenagem e de palestras explicativas sobre o infarto e o programa LATIN, o evento também oferecerá serviços gratuitos para o público presente no local, como: aferição de pressão; equipe de nutrição com cálculo de índice de massa corporal (IMC) e orientação de alimentação saudável; prática de técnica de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP); e aulas de ginástica, alongamento e ginástica laboral. O “Santa Marcelina Salvando Vidas” conta com o apoio da Medtronic, especialista em tecnologia, soluções e serviços médicos.

Programa LATIN no Santa Marcelina

O Hospital Santa Marcelina foi o primeiro centro de saúde brasileiro a implementar o Programa LATIN (Latin America Telemedicine Infarct Network), em junho de 2014. Desde então, a instituição tem conseguido resultados importantes: a taxa de óbitos por infarto caiu de 11,5% para 6,5% na região leste de São Paulo, houve uma redução de 40,8% na taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio na região e um aumento de 48% de casos atendidos na unidade, em comparação com os anos anteriores ao programa.

Muito destes êxitos se deve ao padrão de qualidade e rapidez dos serviços, pois a média de atendimento é de cerca de 58 minutos – sendo que o tempo médico estipulado para o atendimento ao infarto agudo do miocárdio é de 90 minutos, segundo a American Heart Association (AHA).

Segundo dados do DataSUS, 300 mil brasileiros sofrem infartos todos os anos, e em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal, sendo considerada a principal causa isolada de morte no país.

Na Zona Leste de São Paulo, a taxa de mortalidade hospitalar por infarto agudo do miocárdio atinge cerce de 16% da população. “Com o LATIN, cerca de 98% dos pacientes que recebem alta hospitalar continuam vivos após o atendimento. É uma estatística muito boa, que pode ser comparada somente aos serviços de primeiro mundo”, explica Dr. Jamil Ribeiro Cade, coordenador médico do serviço de Cardiologia Intervencionista do Hospital Santa Marcelina.

No programa LATIN, o Hospital Santa Marcelina é um dos centros de referência para o tratamento do infarto e está conectado a oito unidades de atendimento primário: Hospital Santa Marcelina – Itaquaquecetuba, Hospital Geral de Santa Marcelina – Itaim Paulista, Hospital Santa Marcelina – Cidade Tiradentes, Pronto Atendimento Glória Rodrigues dos Santos Bonfim, UPA Itaquera, Pronto Socorro Municipal Julio Tupy, PA/UBS Dr. Atualpa Girão Rabelo e Hospital Santa Marcelina – Pronto Socorro Convênio.

Como funciona o Programa LATIN?

O programa LATIN funciona por meio do uso de telemedicina, formação médica e rede de referência e centros de tratamento para o tratamento adequado de STEMI (ST-infarto do miocárdio), um tipo grave de ataque cardíaco.

Por meio do programa, centros de atenção primária (referência) e ambulâncias conectam-se a centros de tratamento localizados em países como Brasil, Argentina, México e Colômbia. Os serviços de emergência são equipados com um ECG de 12 derivações, usado para detectar e diagnosticar anormalidades cardíacas ao medir impulsos elétricos.

A equipe, que recebe treinamento avançado, é formada por equipes de emergência, responsáveis ​​por transmitir os resultados de um eletrocardiograma (ECG) e outras informações necessárias a um cardiologista remoto que pode fornecer um diagnóstico mais preciso e em tempo real. Desta forma, o tratamento pré-hospitalar pode ser recomendado em até 10 minutos, antes mesmo de o paciente chegar ao hospital, e este cardiologista também está disponível para orientar o serviço de atenção primária (encaminhamento), por telefone, no que for necessário para garantir o atendimento.

Assim, o paciente será imediatamente encaminhado ao centro de tratamento com laboratório de cateterismo e equipe de atendimento diário e a qualquer momento, evitando-se a área de emergência, encurtando os tempos e melhorando os desfechos.

Desde seu surgimento em abril de 2014, o Programa LATIN está presente em mais de 200 centros, realizou o diagnóstico em quase 7 mil pacientes e tratou mais de 3.500 deles na América Latina.

Redação

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