Atualmente, a prestação de serviços de saúde gera uma série de desafios para os especialistas e médicos. Estes incluem assegurar a precisão dos dados dos pacientes, lidar com o envelhecimento da população, ter pouca mão de obra, cumprir regulamentos e altos padrões de qualidade e, infelizmente, ter que justificar ocorrências quando algo dá errado. Fato é que a segurança do paciente é uma preocupação pública em todo o mundo. Os números mostram que, nos países desenvolvidos, um em cada 10 pacientes sofre danos durante o atendimento hospitalar e quase 50% dos incidentes podem ser evitados.
Embora estatísticas como essas possam parecer um exagero, a dura realidade é que os erros médicos são a terceira principal causa de morte após doenças cardíacas e câncer. Um estudo recente do Hospital Johns Hopkins, informou mais de 250.000 mortes por ano devido a erros médicos. Em contraste, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma série de estratégias globais para trabalhar pela segurança do paciente, como o grupo de pesquisa chamado a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente ou o Desafio Mundial de Segurança do Paciente, que estima reduzir pela metade, em cinco anos, erros na medicação.
Felizmente, a solução está à mão em forma de tecnologia. A aplicação correta da tecnologia pode melhorar a comunicação entre médicos e profissionais da saúde, otimizar a segurança na aplicação de medicamentos, reduzir possíveis erros médicos e, geralmente, proporcionar uma melhor experiência ao paciente. O coração dessa revolução médica é o uso de tecnologias de impressão e computadores móveis para garantir que as operações funcionem sem problemas nos hospitais.
As empresas de tecnologia têm amplos portfólios voltados para o setor de saúde que apontam para a operação. Como exemplo, recentemente a Zebra Technologies lançou sua impressora de pulseira ZD510-HC para o setor, com opções abrangentes de conectividade, revestimentos resistentes a raios UV e desinfetantes, e um poderoso conjunto de ferramentas para otimizar o gerenciamento do equipamento, Print DNA. Da mesma forma, eles lançaram uma nova impressora móvel com as mesmas características, a ZQ600-HC, que permite imprimir etiquetas no exato ponto de atendimento ao paciente. O ZD510-HC, possui cartuchos de fácil carregamento contendo os únicos braceletes antimicrobianos disponíveis no mercado: o Z-Band® da Zebra. Esses novos produtos complementam um amplo catálogo de scanners, computadores móveis, tablets, entre outros, que permitem identificar, rastrear, localizar e monitorar o status de cada paciente, ativo e membro da equipe, transformando a inteligência dos dados em decisões clínicas acertivas.
Reduzindo erros humanos
Um dos principais erros que ainda são cometidos na assistência médica hoje é a captura incorreta de informações. Na verdade, não é uma surpresa saber que, sendo o ano de 2018, a maioria dos hospitais latino-americanos ainda registra os dados fundamentais dos pacientes à mão. Para melhorar essa situação, as tecnologias de digitalização e impressão que capturam e imprimem informações do paciente com precisão e rapidez devem ser usadas.
Quando um paciente entra na sala de internação de uma clínica, dados como a data de nascimento, histórico médico e alergias, devem ser capturados com precisão. Se esta informação não for registrada corretamente, o atendimento poderá ter um resultado negativo. De fato, o uso imediato de informações do paciente é vital e qualquer atraso causado por documentos perdidos, letras pontilhadas ou erros ortográficos pode ser fatal. Da mesma forma, há também um risco muito maior de que a medicação incorreta seja administrada se as especificações forem escritas à mão. Mesmo a fadiga se torna um risco letal ao tomar decisões, o que a tecnologia pode evitar. Como exemplo, cerca de 10% das bolsas de sangue são mal administradas devido a falha humana. No caso de transfusões de sangue, o uso de um sistema de identificação automática com código de barras e computadores móveis poderia reduzir a taxa de erro para menos de 1%.
Uso de dados no setor da saúde
O uso correto e análise dos dados do paciente significa um melhor sistema de atendimento médico no futuro. Registrar corretamente até as falhas humanas não só salvará vidas depois, mas servirá como treinamento para o pessoal médico. Eles podem aprender para não repeti-los.
E não são apenas benefícios na captura e digitalização de dados para a segurança do paciente, mas também para todos os esforços exigidos por uma entidade hospitalar. Por exemplo, na sua estratégia de segurança de dados. Com o regulamento geral de proteção de dados (GDPR), a nível dos Estados Unidos, que entrou em vigor em 25 de maio de 2018, há um grande incentivo para que o setor da saúde tenha um tratamento correto das informações, devido às sanções relacionadas à sua violação. Se os dados do paciente não estiverem protegidos, uma organização individual pode obter uma multa de US$ 500.000. E esse movimento está configurado para impactar a regulação da proteção de dados em todo o mundo.
Economia de custos
O uso de tecnologia de impressão e computadores móveis também permite a economia de custos dentro do sistema de saúde. A indústria precisa especialmente reduzir custos em ações judiciais. Em todo o mundo, o custo dos erros de medicação foi estimado em US$ 48 milhões por ano. O uso da tecnologia pode ajudar a minimizar o número de litígios, garantindo que as informações vitais do paciente sejam claramente identificadas ou registradas.
Tecnologia: o diagnóstico do futuro
Hoje, a tecnologia pode aumentar a eficiência, a segurança, a produtividade e a visibilidade nos serviços de saúde globais. Há evidências claras de que a tecnologia economiza custos e atenua a cultura de demandas. No futuro, é possível que o acesso aos registros médicos seja feito através de smartphones (Computadores móveis), da mesma forma que você pode ver os detalhes da conta bancária.
Não há dúvida de que a tecnologia de computação móvel e de impressão desempenha um papel muito importante na eficiência de um sistema de saúde. O desafio atual é que grande parte da indústria da saúde ainda está presa na forma antiga de atuar, usando papel e caneta, em vez de capturar eletronicamente informações. Isso deve mudar quando os médicos fornecerem cuidados com mais tecnologia que correspondam aos nossos estilos de vida modernos e às reais necessidades de seus pacientes.
Justino Soares é Gerente de Canais da Zebra Technologies Brasil