Aconteceu, em 22 e 23 de fevereiro, o primeiro módulo do Curso de Neuroimunologia realizado pelo Departamento Científico de Neurologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) em parceria com o Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A iniciativa se estende até outubro de 2019, em reuniões mensais com duração de dois dias no Campus da própria faculdade.
Na ocasião, foi empossado o médico Hiran Gonçalves, deputado federal pelo estado de Roraima, como novo presidente da Frente. Houve debates sobre temas relativos às necessidades do país na área da saúde, entre eles a carreira médica de Estado.
Luiz Henrique Mandetta, até então presidente da FPMed fez um relato detalhado de seus primeiros dias à frente do Ministério da Saúde. Relatou que o organograma está sendo revisto, destacando a criação, pela primeira vez, de uma Secretaria Nacional de Atenção Básica. Em seu entendimento, o sistema só se reorganiza através da atenção básica.
“Não vamos deixar ocorrer desassistência. Utilizaremos o mesmo instrumento, mas, em paralelo, prepara-se um caminho estruturante. Não é possível que um país continental, que quer ter um sistema de saúde universal, não consiga até hoje, com 30 anos de SUS, uma proposta de trabalho para a atenção básica através do Governo Federal”, afirmou.
Mandetta solicitou a participação das associações médicas, federações, conselhos, entidades de especialidades, entre outras do segmento.
“Queremos que formulem e canalizem propostas para que a Frente Parlamentar da Medicina possa defender um caminho justo. Não se faz saúde só com médicos, mas não se faz saúde sem os médicos. Estamos no ministério para dar ouvidos, ter sensibilidade e remarmos juntos para um porto mais seguro”, completou.
A Frente Parlamentar da Medicina já conta com o engajamento de 198 deputados e 12 senadores e, segundo Hiran Gonçalves, que também estará à frente do IBDM, o objetivo é formular cada vez mais políticas que prestigiem o ato médico.
A FPMed empunha outras bandeiras importantes, como a suspensão da abertura de escolas de Medicina até que sejam aprovadas regras claras para isto e a aprovação de leis que protejam os médicos da violência no local de trabalho.
Segundo o presidente da ABN, Gilmar Prado, o fortalecimento da Frente é passo de extrema relevância para tirar os médicos da condição de meros expectadores da política e colocá-los como sujeitos dos debates e das definições de saúde pública no âmbito do Parlamento.
“Se queremos de fato intervir no futuro do Brasil, é essencial força para sensibilizar nossos representantes institucionais. Os médicos têm de se antecipar aos fatos para influenciar as decisões políticas em seu nascedouro, ou seja, no Congresso Nacional. Com a Frente Parlamentar, temos um canal de interlocução permanente para apresentar aos parlamentares os nossos pleitos, protestos, sugestões de melhorias para a assistência e de valorização de nosso trabalho”.