Conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento em parceria com o Ministério da Saúde, dentro do Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi -SUS), o projeto “Qualificação do Uso de Dispositivos de Assistência Circulatória no SUS (DACs) foi o tema do 14° Seminário Proadi-SUS em 19 de junho.
Desde 2016, o projeto avalia a efetividade clínica e o impacto orçamentário da implantação de Dispositivos de Assistência Circulatória (DACs) para choque cardiogênico no SUS, por meio de um estudo multicêntrico em hospitais de alta complexidade da região Sul do Brasil. São acompanhados pacientes críticos que receberam o implante de dispositivos dos tipos ECMO e/ou IMPELLA, como ponte para recuperação ou para transplante de coração.
Ao abrir o evento, o Superintendente de Educação, Pesquisa e Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento, Luciano Hammes, destacou a importância dos projetos que testam novas tecnologias e sugerem as melhores formas de aplica-los no SUS.
O atual estado da arte do tratamento do choque cardiogênico foi apresentado pelo Dr. Rodrigo Wainstein, responsável técnico do Proadi-DACS HMV.
Na sequência, o líder do projeto DACS, Dr. Regis Goulart Rosa iniciou sua apresentação lembrando que, anualmente, 17 milhões de pessoas morrem no mundo todo em virtude de doenças cardiovasculares. “A incidência de choque cardiogênico vem aumentando nos últimos anos, especialmente entre os mais jovens”, alertou. Tais fatores reforçam a pesquisa sobre os benefícios do uso de terapias e dispositivos de suporte circulatório neste contexto.
O médico citou ainda os principais resultados alcançados desde o início do projeto DACS: Entre 2016 e 2019 cinco hospitais receberam capacitação para o uso dos dispositivos ECMO e IMPELLA e quarenta e quatro implantes foram realizados. A meta até 2020 é viabilizar 55 implantes de dispositivos no SUS, além de concluir estudos de efetividade, microcusteio, custo-efetividade e impacto orçamentário.
Projeto DACS
Os DACs são dispositivos intracardíacos ou de uso externo que auxiliam o coração a manter a circulação sanguínea adequada, geralmente utilizados temporariamente até que o coração restabeleça sua função ou até que um transplante cardíaco seja realizado.
O projeto, além de disponibilizar estes dispositivos aos hospitais participantes, também se propõe a realizar cursos de capacitação das equipes envolvidas nos cuidados dos pacientes, com o objetivo de promover o conhecimento acerca desta tecnologia ainda pouco usual no contexto Brasileiro.