O Setembro Verde é o mês dedicado às campanhas de conscientização da importância da doação de órgãos. O Brasil tem hoje o maior sistema público de transplantes do mundo, com cerca de 96% dos procedimentos e cirurgias realizados com recursos públicos.
Mas, há lista de espera para transplantes no Distrito Federal. Hoje, 932 pessoas aguardam, sendo 26 por um coração, 39 para fígado, 556 um rim e 311 córnea. Por isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por meio da Central Estadual de Transplantes (CET), promove o maior evento para doação de órgãos do país, durante o Setembro Verde, e o Hospital Anchieta vai participar sediando um dia inteiro de palestras.
No dia 26 de setembro, véspera do Dia Nacional da Doação de Órgão, o Anchieta receberá um ciclo de palestras gratuitas onde temas como “O desempenho do Distrito Federal perante o cenário nacional e “O cenário de atuação profissional tanto no serviço público, quanto no privado”, serão abordados. O evento é aberto a profissionais, colaboradores e pacientes e será realizado no Auditório I, do subsolo do Centro de Excelência, nos horários: 9h30, 15h30, 19h30.
As palestras estão sendo realizadas em hospitais públicos e privados, operadoras de planos de saúde e instituições de ensino superior. “O objetivo é informar, esclarecer e subsidiar a população para a tomada de decisão em se tornar doadora de órgãos e tecidos”, frisa o organizador do evento e gestor do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da Secretaria de Saúde, Anderson Galante.
Doação de órgãos
Quando a morte cerebral acontece há perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda de atividade cerebral e da capacidade de respirar. O indivíduo pode ser um potencial doador de córneas, rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas entre outros órgãos e tecidos. Os órgãos são retirados e utilizados para transplante. Ou seja, um único doador pode salvar cerca de oito vidas.
Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde. Os órgãos e tecidos que podem ser doados após a morte são: rim, pulmão, coração, válvulas cardíacas, fígado, córnea, ossos, pele, pâncreas e intestino.
No Distrito Federal, são realizados transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Também são feitos transplantes de medula óssea. Os procedimentos, pela rede pública, ocorrem no Hospital de Base, Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia do DF (ICDF).
Temas a serem abordados
- O Sistema Brasileiro de Transplantes e sua hierarquização;
- O desempenho do Distrito Federal perante o cenário nacional;
- A faceta multiprofissional e multidisciplinar envolvida nas fases pré-transplante e pós-transplante;
- O cenário de atuação profissional tanto no serviço público, quanto no privado;
- Como se tornar um doador de órgãos no Brasil.
Palestrantes
Manhã e tarde: Marcelo Balieiro, enfermeiro e gestor do Núcleo de Relacionamento Inter hospitalar da Central Estadual de Transplantes.
Noite: Anderson Galante, enfermeiro, especialista em gestão do Sistema Brasileiro de Transplantes pelo Hospital Albert Einstein e gestor do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da Central Estadual de Transplantes.