O Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à Unimed Sorocaba (SP), é uma das cinco únicas instituições de saúde brasileiras contempladas no Health Care Climate Challenge, iniciativa da rede Global Green and Health Hospitals (GGHH). O hospital sorocabano recebeu a medalha de ouro na categoria Energias Renováveis, tornando-se oficialmente um dos Campeões do Clima de 2019 neste país, durante o Seminário Hospitais Saudáveis, realizado em 12 de novembro, no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista.
Representando a Unimed Sorocaba, estiveram presentes José Francisco Moron Morad, Patrícia Bezerra da Silva, Taciana Leôncio e Gian Tacchini, respectivamente, presidente, gerente de Planejamento e Sustentabilidade, líder de Meio Ambiente e coordenador de Engenharia Clínica da Unimed Sorocaba/Hospital Dr. Miguel Soeiro. Gian, por sinal, fez uma explanação sobre o projeto Mercado Livre de Energia durante o evento.
“As primeiras políticas voltadas ao meio ambiente foram estabelecidas pela Unimed Sorocaba muitos anos atrás”, explica José Moron. “Deste então, outras foram implementadas e todas foram muito bem acolhidas pelos cooperados e colaboradores. Isso nos permite afirmar que, hoje, não temos somente políticas nesse sentido, mas uma sólida cultura de consciência ambiental, o que significa o uso racional dos recursos naturais e máximo esforço em evitar danos ao meio ambiente”, completou.
Todas as ações são tratadas e discutidas em um fórum específico, denominado Comitê Corporativo de Sustentabilidade, do qual participam representantes do HMS e da Cooperativa. Sua principal missão é propor um plano de metas e melhorias para questões que envolvam a gestão sustentável da instituição, disseminando o conceito da sustentabilidade para toda a organização e demais partes interessadas.
Para o superintendente da Unimed Sorocaba, Miguel Villa Nova Soeiro Filho, estar entre as quarenta instituições mundiais reconhecidas pela vanguarda na transformação em cuidados de saúde inteligentes para o clima é mais um marco na história da Cooperativa. “Buscamos ações que, de fato, repercutam positivamente junto ao meio ambiente. Além de implementá-las, sempre temos como objetivo que elas se solidifiquem e ampliem-se, o que nos possibilita fazer um pouco mais a cada dia”, pontuou.
A ação contemplada pela GGHH foi o projeto Mercado Livre de Energia, que permite adquirir energia diretamente dos geradores por meio de contratos bilaterais. Isso implica em uma série de vantagens em relação ao mercado convencional, além do benefício ambiental, uma vez que a energia contratada é necessariamente de fontes limpas (como biomassa, solar, eólica e originárias das denominadas Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs). Há, também, a redução de custos, flexibilidade de negociação e personalização do serviço.
O HMS faz, ainda, uso da calculadora de CO2, cuja função é registrar e identificar oportunidades para diminuir as emissões de gases do efeito estufa nos processos internos, assim como realizar a compensação por meio do plantio de árvores e adoção de áreas verdes, considerando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável instituídos mundialmente pela Organização das Nações Unidas. Deste modo, vem se tornando, ambientalmente, um hospital cada vez mais consciente e responsável.
O prêmio Health Care Climate Challenge reconhece as organizações de saúde que estão avançando em direção a cuidados de saúde inteligentes em termos de clima, mitigando seu próprio impacto, economizando dinheiro e liderando pelo bom exemplo. Neste ano, participaram 40 instituições de 15 países.
ONA renova certificação pelo 12º ano consecutivo
Auditores da Fundação Carlos Alberto Vanzolini, órgão ligado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), anunciaram na tarde deste 6 de novembro que recomendarão à Organização Nacional de Acreditação (ONA) que o Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à Unimed Sorocaba, mantenha o certificado Hospital Acreditado Nível 3 – Acreditação com Excelência, o mais alto grau da certificação.
A primeira vez que a Unimed Sorocaba teve a qualidade do seu hospital reconhecida oficialmente pela ONA foi em janeiro de 2007, quando recebeu o certificado Hospital Acreditado Pleno – Nível 2. Na época, apenas 37 instituições hospitalares brasileiras tinham esse diferencial. Nos quatro anos seguintes, o HMS manteve esse patamar de certificação, até que, em 2011, conseguiu alcançar o Nível 3, condição mantida ininterruptamente até hoje.
Por três dias, os auditores Wolff Rothstein Costa (médico), Ana Carolina Silveira (engenheira) e Patrícia Fernanda Jotesso Flores (enfermeira), liderados por Vânia Cristina Machado Dias (enfermeira) acompanharam e avaliaram os processos e operações de todos os setores do HMS. Ao anunciarem a favorabilidade pela manutenção, fizeram alguns comentários. Destacaram, por exemplo, o fortalecimento das ações de humanização, o comprometimento e o envolvimento dos cooperados, gestores e colaboradores na execução dos trabalhos assistenciais (leia outros comentários mais adiante).
A equipe da Fundação Vanzolini ressaltou os pontos positivos observados, incluindo o comunicado enviado aos pacientes sobre atrasos em consultas, exames e procedimentos; a remuneração por performance; a publicação de um capítulo do livro “Manual de Boas Práticas em Nutrição Enteral e Lactário” pela equipe de nutricionistas da instituição; as ações de sustentabilidade ambiental realizadas pela equipe da hemodiálise; a atualização do parque tecnológico; o app para escala do corpo clínico e sistema de remuneração por performance já implementados em alguns setores; o vídeo institucional de divulgação das ações que devem ser adotadas em situações de pânico; o prêmio recebido pelo programa Parto Adequado; o programa Jeito de Cuidar; o protocolo de colostroterapia; o Tele Mama, entre outros.
Acompanharam a leitura do relatório final o presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, o diretor clínico do HMS, Gustavo Neves e os diretores técnico e administrativo do HMS, Mário Sérgio Moreno e Edson Cumpian Paulossi Júnior, respectivamente. Estes cumprimentaram a equipe por mais esta conquista, apontando a maturidade, a qualidade profissional e o comprometimento de todos. Moron destinou um cumprimento especial à gerente da Qualidade, Andréa Mena, pelo esforço e dedicação em mais esta tarefa.
O vice-presidente da Cooperativa, Paulo Hungaro Neto, também esteve presente. Disse sentir-se orgulhoso por acompanhar o momento em que a Fundação Vanzolini anunciou que recomendaria a manutenção da certificação à ONA. “Isto, novamente, demonstra os valores desta instituição, calcados na inovação, tecnologia, humanização, cooperação e ética, formando o que temos por obrigação por fazer: cuidar das pessoas”, pontuou.
Hungaro entende que o desafio não é apenas manter o caminho da qualidade, mas também fazer com que ela transcenda os muros do próprio hospital para todo o provimento da Operadora. Além disso, acredita que a qualidade e a segurança do paciente são ações prioritárias, porém, não podem prejudicar o foco da administração e gerenciamento dos custos. “Só assim podemos precificar adequadamente e manter o nosso negócio dentro do mercado sustentável”, observou.
E esse caminho, ainda de acordo com Paulo Hungaro, deve ser trilhado por meio do planejamento estratégico, com o envolvimento de todos os colaboradores e cooperados, “que é por onde brotarão as soluções dos nossos problemas, as correções das eventuais não-conformidades, e as ideias e planos de ações para as oportunidades de melhoria”, finalizou.
Algumas frases dos auditores:
– “Vocês são uma referência e, na prática, deu para sentir isso.”
– “Dos poucos apontamentos do ano anterior, verificamos que houve provimento e vontade de propor alguma coisa para resolver ou melhorar. Isso é muito legal. É o que a metodologia propõe: a melhoria contínua.”
– “Esta é a primeira vez que eu venho aqui. Vocês são colaboradores sortudos, pois trabalham em um lugar com recursos, metodologia e uma gama de tecnologia a favor do trabalho. Mas tem coisas que a tecnologia não substitui. Eu acho que vocês sabem muito bem o que é, porque pude verificar isso no olhar de cada um: o amor, o carinho, a atenção e a preocupação com o paciente. Em vários momentos, nas falas de vocês, me emocionei. Percebia que vocês fazem além do necessário, além do que o paciente precisa, colocando-se no lugar deles e das suas famílias.”
– “É a quarta vez que estou aqui. Não esperava tanta inovação. Para a gente, é sempre uma aprendizagem. Essa inquietação que vemos em vocês nos motiva. Vocês nunca estão satisfeitos. É isso que os leva adiante.”
– “Um ponto forte que observamos foi a humanização – não como uma obrigação, mas como algo que está no coração de vocês. Isso é diferente de uma condição imposta.”