A inteligência artificial tem se disseminado no universo das ciências da saúde. Na medicina cardiovascular, cada vez mais as máquinas e equipamentos são adaptados para controlar funções vitais de forma absolutamente automática.
Existem marca-passos cardíacos que podem ser controlados de forma remota, utilizando tecnologia de satélites e provendo ao indivíduo cardiopata mais segurança no que tange ao monitoramento de seus batimentos cardíacos. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas na busca de protótipos que executem artificialmente a função propulsora do coração humano. Atualmente, um indivíduo com insuficiência cardíaca avançada pode sobreviver mais tempo, graças a uma tecnologia que mimetiza todos os ciclos do músculo e valvas cardíacas. A robotização de alguns procedimentos cardiovasculares, embora jamais substitua o intelecto humano, certamente contribui para amenizar as imperfeições de uma mão cansada.
Esta dicotomia entre a humanização das ações e artificialização de alguns procedimentos não pode ser motivo de dissensão; ao contrário, deveria posicionar estes dois hemisférios como sendo balizas do desenvolvimento tecnológico fincado numa qualidade de vida superior.
Segundo postulado pelo físico e filósofo norte-americano Thomas Samuel Kuhn, vivemos o cenário de tecnologias disruptivas e isto judiciosamente representa a evolução. Já houve época que se promulgava ser leviano e soberbo manipular cirurgicamente um coração humano. Os robôs ou mesmo instrumentos modernos podem intermediar esta ação do homem sobre o coração. A evolução não pode parar e a inteligência artificial permitirá progressos cada vez mais notórios na medicina cardiovascular.