Prêmio Fundação Bunge homenageia a Ciência e o Pesquisador Científico no Brasil desde 1955

Solenidade de Entrega do Prêmio Moinho Santista em 30.09.1960 na área de Biologia e Fisiologia ao premiado: Carlos Chagas Filho (1910-2000), autoria não identificada. Acervo Centro de Memória Bunge

Na próxima quarta-feira (8), é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, instituída em 2001, pela Lei nº 10.221. Para celebrar a data, a Fundação Bunge relembra o início do Prêmio Fundação Bunge que, há 65 anos reconhece e incentiva profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências do Brasil.

O prêmio acontece anualmente e contempla duas personalidades pelo conjunto de seus trabalhos, Vida e Obra, e dois jovens talentos de até 35 anos que se destacam em seus campos de atuação. A premiação, criada em 1955, já reconheceu grandes profissionais do segmento. Entre eles, em 1960, o médico e pesquisador, Carlos Chagas Filho que viu suas pesquisas terem repercussão internacional, assim como os estudos que desenvolveu a respeito do curare, veneno letal que, administrado em pequenas doses, pode ajudar a curar várias doenças nervosas. Carlos realizou também trabalhos sobre radioatividade artificial, sensibilidade térmica e ação da Vitamina A na tireoide. Entre 1966 e 1970, teve atuação diplomática como delegado permanente do Brasil junto à Unesco, em Paris. Presidiu a Academia Brasileira de Ciências por dois anos, a Academia de Ciências da América Latina em 1982, a Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano entre 1972 e 1988, e a Fundação BIO-RIO.

No último ano, o Prêmio Fundação Bunge contemplou o engenheiro agrônomo da Embrapa, Luciano Cordoval de Barros, que desenvolveu projetos voltados a captação de águas da chuva e irrigação, que contribuem para evitar erosões, assoreamentos, contaminações ambientais e que promovem o aumento do volume de água dos mananciais.

Na categoria “Juventude” de 2019, a reconhecida foi Márcia Alves Esteves, profissional da Emater-MG, por seus feitos voltados para o bem-estar e segurança alimentar e nutricional de famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, Márcia também atua em ações para a suplementação da alimentação bovina no período de estiagem e a implementação do programa de melhoria genética de rebanhos.

Desde a criação do Prêmio Fundação Bunge, cerca de 200 personalidades já foram reconhecidas, como o arquiteto Oscar Niemeyer, o cientista político Fernando Abrucio e o engenheiro agrônomo Eurípedes Malavolta. Mais informações sobre os premiados podem ser encontradas no Centro de Memória Bunge, que reconta os mais de 100 anos de história da Bunge no Brasil, e no site da Fundação www.fundacaobunge.org.br. Todo acervo está disponível para consulta e visitação, após o fim do isolamento, mediante agendamento.

Redação

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