No Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe), pacientes oncológicos iniciaram uma nova rotina de atendimento via Telemedicina para adaptar e monitorar suas consultas nutricionais durante o tratamento quimioterápico. Depois de passarem por procedimentos cirúrgicos de tumores de estômago e intestino, muitos precisam utilizar bolsa de colostomia. As idas e vindas ao consultório, além de causar desgastes, elevam os riscos de infecção. A telemedicina está ajudando este perfil de pacientes com consultas intercaladas e diminuição dos deslocamentos, possibilitando melhora na qualidade de vida clínica, com ganhos terapêuticos.
Segundo a diretora do Serviço de Nutrologia e responsável pela Telemedicina do Iamspe, Dra. Maria Angela de Souza, o atendimento visa recuperar a saúde nutricional e imunológica dos pacientes, com a reposição de nutrientes, evitando a perda de massa magra e proporcionando melhora na qualidade de vida. “Esses pacientes precisam de acompanhamento especializado com uma dieta específica e nutritiva. Uma alimentação deficitária pode comprometer todo o tratamento do paciente. A telemedicina é ágil e corrige a rotina do paciente à distância, evitando a desnutrição”, enfatiza a nutróloga.
Os pacientes oncológicos têm déficit de nutrientes devido ao tratamento que são submetidos e o acompanhamento nutricional proporciona ganhos que auxiliam a realização de simples tarefas cotidianas como caminhar ou subir escadas, diminuindo o número de quedas e aumentando a resistência a infecções.
A telemedicina do Iamspe foi implementada durante a pandemia da Covid-19 para o atendimento de pacientes com sintomas de doença respiratória. O serviço, considerado um sucesso pela direção do Hospital, evitou que 80% dos usuários que foram atendidos por teleconsulta viessem ao Pronto Atendimento Gripário sem necessidade. Com isso, o Iamspe pretende ampliar gradualmente a lista de especialidades para atendimentos via telemedicina.