Para atender a uma demanda reprimida de cerca de 4.000 consultas da ala pediátrica do Hospital de Clínicas Unicamp, em função da pandemia do Covid-19, a Dra. Mariana Zorron Mei Hsia Pu, Endocrinologista Pediátrica e assistente do departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas da Unicamp, e equipe buscaram no mercado uma ferramenta que, não só realizasse telemedicina, mas que pudesse oferecer a solução em forma de parceria, sem custos, uma vez que todos os atendimentos do hospital são executados pelo SUS e pagos com recursos públicos.
Foi dessa forma que surgiu a parceria com a Privio, startup que oferece o “Super Aplicativo da Saúde”, por reunir, em um só lugar, as principais ferramentas de telemedicina para que médicos e pacientes possam se relacionar de maneira profissional, segura e integrada. Não se trata apenas de uma versão do WhatsApp com funções específicas para médicos e pacientes, mas uma ferramenta integrada, e que melhora a jornada digital de médicos e pacientes, diminuindo a distância entre eles.
Segundo a Dra. Mariana Zorron, a escolha pela Privio foi bastante acertada e aconteceu em função de ser uma startup, a equipe ter se mostrado bastante ágil para ajustes necessários e o aplicativo ser utilizado nos celulares, substituindo de vez o uso do WhatsApp, e de forma profissional e com segurança.
“Trocamos o uso informal do WhatsApp, que só era utilizado como teleorientação, pelo aplicativo Privio, habilitado para realizar consultas médicas de qualidade, organizadas através de uma agenda, onde o médico faz uma vídeo chamada para o paciente na hora marcada, sem interrupções, dedicando todo o tempo para o atendimento como acontece presencialmente”, esclarece a Dra. Mariana.
De acordo com a Dra. Mariana, futuramente, mesmo após a pandemia, o objetivo é manter entre 60% e 70% do atendimento através de telemedicina. A parceria com a Privio possibilita o atendimento, uma vez que o uso do aplicativo pelos pacientes mostrou-se bastante simples e intuitivo, já que pode ser utilizado em qualquer modelo de celular com câmera, até mesmo os mais simples.
“A telemedicina veio para ficar e a pandemia apenas acelerou o processo. Como toda novidade, tem aspectos bons e ruins. Cabe aos profissionais da saúde filtrar e valorizar o que o serviço tem de melhor, como a possibilidade de discutir casos no Brasil e no mundo com outros profissionais, por exemplo. Vale ressaltar que os casos graves continuarão a ser atendidos pessoalmente”, esclarece a Dra. Mariana Zorron.
Firmar uma parceria com um hospital do porte do Hospital das Clínicas da Unicamp traz vários desafios, mas a startup estava preparada para enfrentá-los. “A proximidade com os médicos nos ajudou a desenvolver um aplicativo que se adequasse ao dia-a-dia tão complexo destes profissionais. A tecnologia que existe na Privio permitiu desenvolver customizações de forma ágil para atender a necessidade do hospital em retomar seus atendimentos o quanto antes. O aplicativo já possui, por exemplo, funções de privacidade e definição de horário para que a relação entre médicos e pacientes seja mais eficiente. Ao customizar o app para o hospital, foi preciso implantar essas funções em níveis de grupos por tipo de atendimento, já que existem vários departamentos dentro de uma mesma especialidade”, declara Davi Zanotto, fundador e CEO da Privio.
O empreendedor da startup de telemedicina também reforça a importância social da parceria. “Estamos muito felizes em poder, através da tecnologia, ajudar médicos e pacientes neste momento tão delicado, proporcionando a continuidade dos tratamentos”, completa Davi.