Importações e exportações de dispositivos médicos crescem 21,2% e 16,8%, respectivamente, no primeiro semestre

Dados do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) revelam um crescimento de 21,2% na importação de dispositivos médicos, no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializados US$ 3,1 bilhões. As exportações somaram US$ 338 milhões, um crescimento de 16,8%, no período em questão. “A balança comercial do período ficou deficitária em US$ 2,8 bilhões, mostrando que a pandemia causada pela Covid-19 se refletiu no aumento de 21,8% no déficit da balança comercial do setor”, afirma o documento. No mesmo período, a produção doméstica caiu 27,1%, com o fechamento de mais de 5 mil postos de trabalho.

Foram os produtos diretamente ligados ao combate da Covid-19 os mais comercializados. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tiveram alta de 1.929% nas importações e de 2.802% nas exportações. Reagentes e Analisadores para Diagnóstico in vitro foram importados 32% mais e exportados 82% acima do que nos seis primeiros meses de 2019. As importações de Mobiliário Hospitalar subiram 19%, enquanto as exportações cresceram 81%. E Demais Equipamentos de Uso Hospitalar tiveram alta de 37% nas importações.

Por outro lado, os segmentos mais prejudicados pelo cancelamento de procedimentos médicos não relacionados à pandemia foram: oftalmologia (queda de 38% nas importações), cardiovascular (queda de 30% nas importações e queda de 49% nas exportações) e equipamentos para laboratório (queda de 34% nas exportações).

A China é o principal país exportador de dispositivos médicos para o Brasil, com compras no valor de US$ 818,6 milhões, no acumulado de janeiro a junho de 2020. Isso representa 26% do total. Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar (17%) e a Alemanha o terceiro (13%). Cerca de 96% das importações brasileiras de EPIs, vieram da China, o que, em valor representou US$ 315 milhões.

Os Estados Unidos compraram do Brasil o total de US$ 91 milhões em dispositivos médicos, no primeiro semestre, o que representa 27% do total. China aparece em segundo lugar, com 9%. Os países vizinhos da América do Sul vêm em seguida: Argentina com compras de US$ 24 milhões (7%), Paraguai, US$ 18 milhões (5%) e Colômbia, US$ 17 milhões (5%). Entre os segmentos específicos, se destacam as compras norte americanas de US$ 42,3 milhões em Reagentes e Analisadores para Diagnóstico in vitro brasileiros, que corresponderam a 40% do total exportado desse produto.

Consumo aparente

Somando as importações (+21,2%) com a produção nacional (-27,1) e eliminando o que foi exportado (+16,8), o consumo aparente de dispositivos médicos caiu 3,5% no Brasil, nos seis primeiros meses de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os segmentos que mais sofreram queda de consumo foram próteses e implantes (-23,7%) e materiais e equipamentos para a saúde (-12,9%).

O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.

Redação

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