Nos últimos meses, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou atendimentos via telemedicina e fez com que os profissionais da saúde migrassem para o universo digital. Mas, diante dessa nova realidade e na intenção de se fazer sempre presente para os seus pacientes, muitos médicos tem errado a mão. “Embora o marketing vá muito além do online, é claro que a mudança de comportamento do paciente e da sociedade como um todo, obrigou os médicos a estarem no ambiente virtual, mas existem outros pontos que merecem maior atenção”, alerta Maeve Nobrega especialista em marketing médico.
A consultora reforça que o profissional de saúde precisa focar no seu comprometimento com a saúde do paciente, e isso é revelado através de uma série de ações, não somente dentro do consultório, por isso, o marketing pessoal é o ponto mais importante dessa relação que começa na apresentação da clínica (onde, quando e como esse profissional é visto pelos seus potenciais clientes), passa pelo primeiro contato (marcação da consulta), chegada e atendimento na clínica e por fim, é validado durante a consulta. “O segredo do sucesso é estar de acordo com o que paciente espera”, garante.
Diante disso, Maeve Nobrega dá dicas sobre os pontos principais nos quais os médicos devem se atentar, principalmente neste momento, onde os pacientes passaram a usar outras métricas para avaliar. “Hoje, o cliente está mais atento, ele pesquisa, questiona e checa as informações o tempo todo, então cercá-lo de boas referências é fundamental”, aponta.
– Higiene: como estão os cuidados para evitar a contaminação com a Covid? Todos usam máscara o tempo todo? Acompanhantes são permitidos? E a assepsia dos ambientes?
– Pontualidade: as consultas seguem os horários agendados? Como as recepcionistas se comportam quando imprevistos acontecem? Elas seguem um padrão de atendimento e reproduzem os valores da empresa?
– Localização: a região onde a clínica ou o consultório está adequada para o perfil de público que você quer atingir?
– Uniforme e postura: a primeira impressão é a que fica, não é mesmo?! Então, cuidado com cores e objetos na recepção da clínica. Um local bagunçado, sujo e desarmônico não passará boa impressão do seu trabalho;
– Barulhos: recepcionistas falando alto, televisão ligada em programas de fofoca, de crimes ou políticos são de longe, o cenário ideal.
Maeve destaca ainda que a escolha da marca, os materiais de sinalização, as fontes de textos, as cores, a disposição dos materiais, são alguns elementos que impactam diretamente no posicionamento do espaço e na reputação do profissional.
Por fim, a especialista dá uma dica: os profissionais que estão na linha de frente da clínica devem se questionar o tempo todo sobre o atendimento que realizam, se ele está atraindo ou afastando os pacientes, se o fluxo está satisfatório, se os valores estão evidentes e se ele conhece e reconhece seus pontos fortes e seus pontos fracos, de modo a revertê-los e/ou aprimorá-los.